[Editado por: Marcelo Negreiros]
Um artigo publicado no Wall Street Journal, neste domingo, 14, critica a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
No texto, a jornalista Mary Anastasia O’Grady afirmou que “uma Suprema Corte tendenciosa” determinou 27 anos de prisão a Bolsonaro.
“O Tribunal estava ideologicamente inclinado contra Bolsonaro”, observou Mary. “O ministro que presidia o caso era Alexandre de Moraes, um notório adversário de Bolsonaro. Ele votou pela condenação em todas as cinco acusações. O mesmo fez Flávio Dino, ex-ministro da Justiça de Lula. O ex-advogado de Lula, Cristiano Zanin, também votou pela condenação. Isso foi suficiente para a condenação.”
Mary fez menção à acusação de golpe de Estado apresentada ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR). “A PGR alegou ter encontrado um ‘projeto de decreto’ que contemplava um plano para invocar a lei marcial”, disse Mary. “No entanto, como observou Luiz Fux, nenhum documento desse tipo foi protocolado no Tribunal. Tampouco foram apresentadas provas de que Bolsonaro tenha tomado medidas para decretar ‘Estado de sítio’. Fazer brainstorming não é crime, e nem intenções, nem discursos são suficientes para condenar por tentativa de golpe.”
Artigo menciona falta de provas para a condenação de Bolsonaro


Ainda conforme Mary, a imprensa brasileira “sensacionalizou” a existência de um suposto documento que trataria de um plano assassinar Lula e o vice do petista, Geraldo Alckmin, além de outras autoridades, como o próprio Moraes.
“Num país sério, Moraes, como ‘alvo’ do suposto complô, teria se recusado a julgar”, disse Mary. “O Tribunal não conseguiu provar que Bolsonaro participou disso.”
Leia também: “Um voto supremo”, reportagem publicada na Edição 287 da Revista Oeste
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