‘A justiça está sendo feita no Brasil para um fascista’, diz presidente da Colômbia

[Editada por: Marcelo Negreiros]

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, comemorou as medidas cautelares impostas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “A justiça está sendo feita no Brasil para um fascista”, escreveu o esquerdista, que é apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seu perfil no X (antigo Twitter) na última segunda-feira, 21.

“Fascismo não é uma ideologia, é um crime”, complementa o político. A publicação ainda é acompanhada pelo vídeo em que Bolsonaro mostra a tornozeleira eletrônica, uma das medidas cautelares. O ex-presidente também está proibido de deixar sua casa nos períodos noturnos, finais de semana e não pode usar as redes sociais ou conversar com embaixadores.

Lula se encontrou com Gustavo Petro e outros líderes latinos na última segunda-feira, 21, mesmo dia da publicação. O petista participou de um encontro com políticos de esquerda no Chile e afirmou, durante a reunião, que “a democracia liberal não foi capaz de responder aos anseios e necessidades contemporâneas. Cumprir o ritual eleitoral a cada quatro ou cinco anos não é mais suficiente”.

Lula e Gustavo Petro mantém relações amigáveis, ambos são esquerdistas. Foto: Cesar Carrion

A reunião com líderes da América Latina se deu em meio ao aumento da tensão diplomática entre o Brasil e os EUA. O presidente americano, Donald Trump, impôs tarifas de 50% sobre os produtos nacionais e comunicou a decisão por meio de uma carta que pedia o fim do julgamento de Jair Bolsonaro pela sua participação na tentativa de golpe de Estado.

Na carta, o presidente americano também classificou como “ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS” os pedidos de remoção de conteúdo que o Supremo Tribunal Federal (STF) expede para plataformas americanas.

As big techs foram tema na reunião de líderes latinos. Na ocasião, os políticos discutiram sobre regulamentação do espaço digital. “Concordamos com a necessidade da regulamentação das plataformas digitais. Para devolver aos Estados a capacidade de proteger aos seus cidadãos”, disse Lula.

O governo americano aumentou a pressão após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, impor medidas cautelares a Bolsonaro. Em resposta, o secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio, anunciou a revogação imediata do visto de oito ministros da Corte.

[Por: Estadão Conteúdo]

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