“Agora quem manda é o dono” – Voz da Torcida

Foto: Cristiano Santos

Convocado pelo clube pelo qual é um dos treinadores com mais jogos na história para evitar um rebaixamento quase certo na Série C de 2025, Evaristo Piza deixou mais uma vez o Botafogo-PB na semana passada, com o objetivo cumprido.

E foi além, evitou a queda com uma rodada de antecedência e chegou na última partida da primeira fase com chances de classificação para o quadrangular do acesso, situação que acabou não se confirmando com a derrota para o Anápolis.

Ainda assim, era quase certa, no entendimento de todo mundo, sua permanência no Belo para 2026, até por declarações dadas pelo dono da SAF, Fillipe Félix, de que estava gostando muito do trabalho e, quando questionado se Piza seguiria no clube para o ano que vem, respondeu que caso algo muito inesperado (rebaixamento) não acontecesse, tudo indicaria que sim.

No entando, dias após fugir do rebaixamento, veio a notícia que Evaristo Piza encerraria sua quarta passagem a frente do time paraibano. Situação que acabou surpreendendo o técnico, que ele revelou em entrevista ao programa Esporte na POP, na Rádio POP FM 89,3 de João Pessoa.

– Falar que não causou uma surpresa, ela causa, porque você vem para um objetivo, por mais que acabe o contrato, você espera a continuidade. Confesso que em 2024 eu tinha contrato até o final do estadual de 2025. Aquele momento da minha demissão eu já esperava, porque eu não consegui o objetivo (no quadrangular), tive um pouco de desavenças, não pessoal, mas profissional, de ideias, com a direção anterior, e estava nítido que ia ter a troca. Agora esse ano, retornando, trazendo esse objetivo, me pegou meio de calça curta, porque até na quinta-feira, antes da viagem para Anápolis, a gente estava muito conectado nessa continuidade. Em uma reunião, o Fillipe Félix comentou que estava junto com o grupo, estava junto com o comando, que a gente ia para buscar a classificação, que ia dar tudo certo, que ele ia chegar lá em Goiânia da sexta para o sábado, e que não ia medir esforços para nos potencializar, para buscar classificação – comentou.

Apesar de não estar esperando o rompimento da relação com o clube, Piza diz não ter mágoas, diferente do que aconteceu no ano passado, quando em diversas oportunidades ele demonstrou descontentamento com a promessa de permanência e logo depois veio a demissão.

Agora, o técnico fez questão de exaltar a personalidade do dono da SAF do Botafogo-PB, Fillipe Félix e, completou afirmando que, diferente de outros tempos, agora todas as decisões passam pelo gestor da empresa, dependendo da vontade pessoal, por isso, não há o que contestar.

– O pouco que eu convivi com o Fillipe Félix, eu vi que era um cara muito arrojado de pensamentos grandes, de ideias, de potencializar muito. O geral, não só o futebol, mas as estruturas, o cara pensa grande e a gente tem que respeitar. Eu tive uma boa relação com o Fillipe, não tive um tipo de problema, ele me ajudou muito em todos os momentos, se mostrou uma pessoa muito positiva, que quer fazer as coisas acontecerem, e ele tem o direito de optar e tomar a decisão que ele achar melhor para o clube. Se ele acha que o Piza foi essencial para ajudar ele a manter a equipe e não é essencial para ajudar ele a subir, ele tem todo o direito, e eu tenho que respeitar e entender que hoje o clube tem o dono, e o dono que manda, não tem mais a questão da associação. Eu nunca fui unanimidade na associação, mas tinha os pesos, era 4 contra 1, 6 contra 1. Agora, no Botafogo-PB, quem manda e dá as cartas é o gestor que adquiriu a SAF. Todo respeito a ele, gosto dele, da pessoa dele, gosto da maneira que ele toma as decisões. A única coisa que eu falei foi que fiquei surpreso, só, porque eu não esperava, mas entendo. (É uma saída) Completamente sem mágoas – concluiu.

Confira a entrevista completa de Evaristo Piza ao Esporte na POP.

Equipe @Vozdatorcida

[Voz da Torcida]

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