
Carlos Alcaraz está a um passo de conquistar o segundo título do US Open, o seu sexto Grand Slam, completando de maneira brilhante o melhor ano da carreira. Nesta sexta-feira (5), em clima de revanche e sem dar oportunidades para o experiente Novak Djokovic, o espanhol se vingou da eliminação no Aberto da Austrália, no começo do ano, ao se garantir na decisão de domingo em sets diretos, parciais de 6/4, 7/6 (7/4) e 6/2 após 2h26.
Com presenças ilustres no Arthur Ashe Stadium, casos da brilhante tenista Martina Navratilova e do cantor Jon Bon Jovi, entre tantos estrelas, o espanhol manteve a campanha impecável no US Open, avançando à finalíssima sem ainda perder sets no último Grand Slam do ano.
É a oitava final consecutiva do número 2 do mundo entrando em quadra – desistiu da disputa em Madri, por lesão -, que enfrenta o vencedor do duelo entre o italiano Jannik Sinner e o canadense Félix Auger-Aliassime. Dono de duas conquistas em Wimbledon e em Roland Garros, ele pode igualar o feito no US Open, onde levantou o troféu em 2022.
E o tamanho do feito desta sexta se reflete nos números. Djokovic tem na carreira 397 vitórias em Grand Slams, sendo 95 apenas no US Open, onde ganhou quatro vezes. A eliminação o impede de buscar o quinto título, o que o tornaria o maior vencedor da competição ao lado de lendas como Jimmy Connors e Roger Federer.
Djokovic chegou ao confronto esbanjando confiança de que poderia “estragar” a final dos sonhos entre Alcaraz e Jannik Sinner, apontados como favoritos para decisão que teria a liderança do ranking com ingrediente a mais da disputa.
O último encontro, no qual bateu o espanhol em quatro sets nas quartas do Aberto da Austrália, em janeiro, aumentava sua confiança para um confronto equilibrado ao qual tinha leve vantagem de 5 a 3. Em contrapartida, Alcaraz vive o melhor momento da carreira com cinco finais seguidas, quatro títulos celebrados e nenhum set desperdiçado no US Open.
O duelo de gerações, entre o maior campeão de Grand Slams, com 24 títulos, e ainda buscando ampliar marcas aos 38 anos, com um dos jovens mais talentosos da nova safra, aos 22 anos e enfileirado conquistas, começou com game de sete minutos e quebra de Alcaraz. Perder o serviço de cara trouxe uma pressão a mais para Djokovic, já que o espanhol vinha de 68 vitórias em 69 saques no US Open.
Sem permitir break points e acelerando as jogadas com muita agressividade, Alcaraz abriu vantagem na partida ao fechar o primeiro set com 6/4. A quebra inicial acabou decisiva, já que o sérvio não impôs reação.
Sem se abalar, o sétimo favorito voltou melhor para o segundo set e vibrou muito ao conseguir, finalmente, uma quebra após bola fora do espanhol. Rapidamente Djokovic abriu 3 a 0, nesta sexta-feira com bastante torcida dos norte-americanos após sofrer com vaias e provocações diante de Taylor Fritz nas quartas.
Não aproveitou o clima positivo, entretanto, e viu o espanhol reagir e buscar a igualdade também em alta velocidade. A parcial, sem novas quebras, foi para o tie-break. E com Alcaraz abrindo 2 a 0, depois 4 a 1. Confirmando dois serviços, fechou em 7 a 4, deixando a vitória encaminhada.
Djokovic se abateu ao perder o set anterior e Alcaraz se agigantou ainda mais. Após dupla falta do sérvio, abriu vantagem de 3 a 1. Enquanto um tenista vibrava, o outro apenas reprovava as próprias ações com a cabeça.

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Com mais de duas horas de partidas, o sérvio sofria para chegar nas bolas e o espanhol desfilava todo o seu talento, com curtas, paralelas, winners…. Djokovic mandou para fora e, quebrado mais um vez, perdeu o saque e o jogo com 6 a 2. Conformado, deu um forte abraço em Alcaraz.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Nátaly Tenório
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