O atacante do Palmeiras, Felipe Anderson, ganhou uma permissão especial para visitar o pai, condenado por matar duas pessoas em janeiro de 2015, no Distrito Federal, e que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda.
Condenado em agosto deste ano, Sebastião Tomé Gomes, de 61 anos, cumpre pena de 14 anos no Centro de Internamento e Reeducação (CIR). O atacante do Palmeiras poderá visitar o pai em uma condição especial, diferente do que ocorre com outros detentos.
O procedimento adotado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) prevê visitas às quartas, quintas e sextas-feiras, sempre pela manhã. Devido ao fato de ser atleta profissional, Felipe Anderson poderá visitar o pai em dias e horários diferentes da visita comum.
O motivo, segundo decisão da juíza Shara Pereira de Pontes Maia, é o papel que o atleta exerce, sendo jogador de futebol, e o risco que sua presença pode representar à segurança do presídio e à integridade física do próprio jogador. A medida tem aval de três portarias internas.
Em eventual impossibilidade de visitar o pai presencialmente, foi concedido ao atleta, que mora em São Paulo, o direito de realizar uma visita virtual por mês, como alternativa. Entretanto, não é permitido acumular visitas presenciais e virtuais no mesmo período de visitação.
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Sebastião Tomé Gomes, pai de Felipe Anderson
Reprodução/TV Record
Felipe Anderson, do Palmeiras

Jonathan Moscrop/Getty Images
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O crime
O Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou Sebastião a 14 anos de reclusão pelas mortes de Bruno Santos da Silva, que tinha 30 anos à época dos fatos, e Noêmia Caldeira Gomes, de 61 anos.
Na madrugada de 12 de janeiro de 2015, por volta das 3h, Sebastião dirigia um Fiat Uno branco quando jogou o carro contra uma Honda CG Titan, de propósito, com o objetivo de atropelar Bruno Santos.
Os dois vinham brigando por causa de uma mulher identificada como Salmeriza Alves Pugas, que, segundo depoimentos, mantinha relacionamento com Bruno e com Sebastião.
Bruno, o motociclista, foi prensado pelo carro de Sebastião contra a parede de uma casa na QC 01, em Santa Maria. O veículo acabou invadindo o imóvel e o quarto de Noêmia Caldeira Gomes, que dormia no momento em que foi atingida. Ela não resistiu e morreu no local.
O pai de Felipe Anderson chegou a ser preso, mas foi solto quatro dias após o crime, graças a um alvará concedido pela Justiça do DF, permanecendo em liberdade desde então. Quando foi condenado, em 2023, Sebastião teve o direito de recorrer em liberdade.
Sebastião chegou a dizer, de dentro do camburão da Polícia Civil do DF (PCDF), no momento em que foi preso em 2015, que não teve a intenção de invadir a casa de Noêmia. “[Foi] acidente, a pista acabou, tinha uma bifurcação…”, declarou.
O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa de Sebastião.
[Metrópoles]
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