Belmonte critica shows no Morumbi e defende planejamento do São Paulo

Carlos Belmonte, ex-diretor de futebol do São Paulo, manifestou preocupação com a quantidade de shows realizados no Morumbi, casa do Tricolor. Em entrevista ao programa Bate Pronto, da Jovem Pan, Belmonte reconheceu a importância desses eventos para a instituição, mas ressaltou a necessidade de um planejamento mais cuidadoso para evitar conflitos com o calendário de jogos.

“É impossível você não ter grandes eventos porque eles são importantes para instituição, mas a gente tem que tomar mais cuidado para que esses eventos não batam com jogos importantes”, declarou o ex-dirigente. Ele enfatizou que a ausência prolongada do time em seu estádio principal é prejudicial. “Não dá para o São Paulo ficar dois meses fora do Morumbi”, completou.

Belmonte também abordou o planejamento de contratações durante sua gestão, incluindo a chegada de jogadores de peso como Lucas e Oscar. Segundo ele, o planejamento não foi totalmente equivocado, apesar dos desafios. “Esse ano foi mais difícil, não fizemos investimentos e o time sofreu”, analisou, admitindo que o desempenho de Oscar, por exemplo, não atendeu às expectativas.

O ex-diretor avalia que o São Paulo precisa de mais investimento, mas ressalta a importância de não aumentar o endividamento do clube. Ele destacou que a maioria dos jogadores consagrados trazidos para o clube não representou um alto valor de transferência, indicando uma estratégia focada em oportunidades de mercado e na busca por reforços de impacto.

A defesa do planejamento, mesmo diante de resultados aquém do esperado em alguns momentos, mostra a visão de Belmonte sobre a gestão esportiva. A crítica aos shows no Morumbi, por outro lado, levanta um debate recorrente sobre a utilização do estádio e a priorização das atividades esportivas do clube.

A declaração de Belmonte reforça a discussão sobre o equilíbrio entre a exploração comercial de um estádio e as necessidades de um clube de futebol, especialmente em um calendário tão apertado quanto o brasileiro. O ex-diretor sugere que a diretoria atual precisa ter um olhar mais atento para garantir que os interesses do futebol sejam sempre preservados.