[Editada por: Marcelo Negreiros]
Em 2024, quando completou um ano dos ataques e Lula também organizou um ato em defesa da democracia, o debate sobre politização foi ofuscado pelo fato de o evento ter sido realizado no Congresso. Agora, com o ato no próprio Planalto, parlamentares avaliam que é mais fácil apontar a intenção do governo de capitalizar politicamente o tema. Em conversas com aliados, Motta não tem indicado se dará ou não andamento ao projeto da anistia. Procurado, ele não comentou.
O projeto da anistia avançou ano passado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, presidida pela bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), mas não foi votado porque o presidente Arthur Lira (PP-AL) transferiu a proposta para uma comissão especial, o que desacelerou a tramitação. O objetivo era que a polêmica não afetasse o apoio, então iminente, tanto do PT de Lula quanto do PL de Bolsonaro à candidatura de Motta ao comando da Casa, que foi articulada por Lira.
O presidente da Câmara chegou a prometer que “resolveria” a questão da anistia ainda durante seu mandato, o que não ocorreu. A interlocutores, Lira tem dito que o assunto não está “enterrado”. Em declarações públicas, Motta tem evitado se comprometer com qualquer um dos lados. No evento de lançamento de sua candidatura, em 29 de outubro, ele ressaltou que o “triste episódio” não pode se repetir, mas também citou “condenações acima do que seria justo”.
[Por: Estadão Conteúdo]
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