A campanha eleitoral de 2022 termina neste sábado, 29, e os candidato ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro e Lula, aproveitam o dia para dedicar-se a agendas com eleitores. O segundo turno da eleição será amanhã.
Neste momento, está em Belo Horizonte (MG), para uma motociata com apoiadores. O presidente foi recebido pelo governador Romeu Zema (Novo). Um comício está previsto para ser realizado na Praça da Liberdade.
Minas Gerais é considerado um Estado importante para os candidatos à Presidência por ser o segundo maior colégio eleitoral do país. Bolsonaro pretende virar votos no local para reverter a derrota para Lula no primeiro turno.
Já o petista Lula programou uma caminhada, na Avenida Paulista, para as 16 horas. Seu candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), estará no evento.
Onde estão os votos em Minas Gerais?
Ao fim das conversas com os poucos aliados que efetivamente influenciam a montagem da estratégia eleitoral, Bolsonaro fixou já na noite de 2 de outubro a mais relevante prioridade do segundo turno: a ofensiva na frente mineira, liderada pelo governador Zema. Baseado no tamanho do eleitorado no Norte e no Nordeste, o Q.G. da campanha concluiu que não valeria a pena investir muito tempo e suor para tentar ampliar a votação obtida na região. Bastaria preservar os índices registrados no primeiro turno.
Também ficou resolvido que Bolsonaro deveria apostar na ampliação do volume de votos em Estados nos quais venceu — São Paulo e Rio Grande do Sul, por exemplo. Isso reduziria em favor de Bolsonaro a taxa de abstenção — 20%, no primeiro turno — e poderia atrair parcela significativa dos quase 10 milhões de brasileiros que anularam o voto ou votaram em branco. Mas tais ações só dariam resultado se ocorresse a virada em território mineiro. Ali, Lula ganhou o primeiro duelo (48% a 43%). A diferença foi de 560 mil votos.
Vitorioso em Belo Horizonte (46% a 42%), Bolsonaro derrotou o rival também no sul/sudeste do Estado e no Triângulo Mineiro. Perdeu para Lula no norte, no Vale do Jequitinhonha e na Zona da Mata. O sonho do candidato à reeleição é somar os 56% alcançados por Zema com os 7% obtidos por Carlos Viana, do PL, atrair uma fatia dos 3,6 milhões de eleitores que se abstiveram e confinar o adversário na faixa dos 35% que apoiaram Alexandre Kalil, o candidato do PT. Nem será preciso ir tão longe para inverter as posições determinadas pelas urnas do primeiro turno.
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