O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorização para receber visitas do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e de cinco seguranças. Bolsonaro está em prisão domiciliar.
O pedido foi encaminhado pela defesa ao STF na tarde desta quinta-feira (7/8). O ex-presidente justificou a solicitação afirmando que as visitas são “imprescindíveis tanto à sua saúde quanto à integridade física e à prevalência da essência do regime democrático”.
Na lista, a defesa do ex-presidente incluiu quatro médicos para acompanhar Bolsonaro, que apresenta piora em uma crise de soluço. Também foram indicados cinco seguranças e representantes do partido. Veja:
Representantes do PL:
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL
- Bruno Scheid, vice-presidente do PL no estado
- Marcus Antonio Machado Ibiapina, responsável pelo setor administrativo do PL
- Adriely (assessora)
Equipe de segurança indicada por Bolsonaro:
- Sandro Daniel Soares
- Cristiano Marques de Mesquita
- Jossandro da Silva
- Estácio Leite da Silva Filho
- Vladimir Alves Ferraz
Diferentemente dos aliados, familiares de Bolsonaro não precisam de autorização prévia do STF para visitá-lo. Em decisão na manhã dessa quarta-feira (6/8), Moraes autorizou a visita de filhos, netos, netas e cunhadas do ex-presidente.
Nessas situações, as visitas não precisam ser comunicadas oficialmente, mas Moraes reforçou a obrigatoriedade do cumprimento das medidas restritivas — entre elas, a proibição do uso de celular e o veto a registros em vídeo.
Prisão
O que motivou a prisão domiciliar de Bolsonaro foi um vídeo gravado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, e divulgado nas redes sociais. Na postagem, posteriormente apagada, Bolsonaro discursa para o público na manifestação.
Os atos pró-Bolsonaro foram realizados em várias capitais do país, como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O senador ligou para o pai durante o ato em Copacabana, bairro da zona sul carioca. Aos apoiadores Bolsonaro declarou: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.
PF analisa material de celular
Investigadores da Polícia Federal (PF) iniciaram, na noite da última segunda-feira (4/8), a extração do conteúdo do novo aparelho celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de mais uma operação e agora em prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
O Metrópoles apurou que o procedimento é conduzido por delegados da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), setor responsável por concentrar inquéritos contra integrantes do clã Bolsonaro e aliados próximos.
O aparelho, um Samsung Galaxy S24, foi apreendido com o ex-presidente quando ele chegava à residência dele, no Jardim Botânico, em Brasília (DF).
Conforme revelou o Metrópoles, o material será periciado para verificar se houve coordenação, por parte de Bolsonaro, na publicação feita pelo filho dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), sobre os atos ocorridos no fim de semana. A depender do conteúdo, o senador poderá ser enquadrado por tentativa de obstrução de investigação.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas pelo STF. Com a nova ordem judicial, o ex-presidente está proibido de utilizar aparelhos celulares, direta ou indiretamente.
É o segundo aparelho apreendido pela PF em posse de Bolsonaro. O primeiro foi confiscado em 18 de julho, quando também foram impostas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Na operação desta segunda-feira, além da apreensão do novo celular, Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente.
[Metrópoles]
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