Carrefour se organiza para vendas de 221 imóveis em partes

Segundo ela, os ativos serão colocados dentro de um fundo ou de uma empresa. O Carrefour será o sócio majoritário, permanecendo no controle dos espaços, enquanto uma fatia minoritária será oferecida a terceiros. O objetivo da companhia é receber uma injeção de recursos na ordem de bilhões de reais com a venda. Em troca, passará a pagar aluguel a esse fundo e/ou empresa na condição de inquilina.

Por se tratar de um conjunto grande de ativos, foi definida a realização de vendas em partes, possivelmente três. Até o momento, não houve propostas vinculantes, mas as conversas estão aquecidas, segundo Dutra. “São vários namoros, mas ainda não teve um pedido de noivado”, brinca. A estimativa é de que o primeiro acordo aconteça ainda este ano, diz, ponderando que isso não configura meta ou compromisso formal.

Plano de cisão foi anunciado em 2022

A intenção de segregar os ativos (carve out, no jargão do mercado) foi anunciada pelo Carrefour em novembro de 2022 e, desde então, atraiu mais de uma dezena de interessados, segundo fontes. A maioria deles gestoras de recursos e grandes investidores institucionais, que passarão a contar com uma renda passiva originada nos aluguéis.

A Coluna apurou, com fontes de mercado, que o negócio não evoluiu nos trimestres anteriores porque os candidatos com poder de fogo para assinar um cheque de bilhões de reais não queriam entrar na condição de minoritários. Nesse sentido, a divisão do ativo em fatias menores teria ajudado a diminuir a cifra do cheque e aumentar o apetite desses investidores. Ainda assim, as conversas embutem um “estica e puxa” sobre o porcentual de cada parte na venda; sem contar que o valor ainda é elevado, o que reduz a quantidade de candidatos aptos a fazer uma proposta firme.

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