[Editado por: Marcelo Negreiros]
Uma recente operação militar dos Estados Unidos no Caribe elevou a pressão sobre organizações criminosas da América Latina. A ação do governo norte-americano alimentou expectativas da oposição venezuelana sobre a queda do ditador Nicolás Maduro.
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Em entrevista à Fox News, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que a ação já resultou na eliminação de 11 narcotraficantes. Ele ainda sinalizou um recado direto aos envolvidos no tráfico.
#Urgente
EEUU INICIÓ ACCIONES MILITARES CONTRA MADURO
Trump y Rubio confirmaron que fuerzas de #EEUU atacaron en el Caribe un barco con drogas procedente de #Venezuela. La operación habría dejado 11 terroristas abatidos. Se enciende la cuenta regresiva para Maduro. pic.twitter.com/fME2WuaD95— Ramiro Calasich G. (@RCalasich) September 2, 2025
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“Querem tentar traficar drogas?”, disse Hegseth. Esse é um novo dia. É um dia diferente. Por isso, esses 11 narcotraficantes já não estão mais conosco, o que envia um sinal muito claro de que essa é uma atividade que os EUA não vão tolerar em nosso hemisfério.”
. @secdef “The President has sent a very clear message to the cartels…
We knew who was in that boat, what they were doing, and who they represented, and that was Tren De Aragua.” pic.twitter.com/0MzNXXESxx
— DOD Rapid Response (@DODResponse) September 3, 2025
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Alvos da operação dos Estados Unidos e reações de Maduro
O ataque, transmitido ao vivo para autoridades norte-americanas, teve como alvo uma embarcação do grupo Trem de Aragua, reconhecido pelo governo dos EUA como organização terrorista desde o começo deste ano.
A Marinha norte-americana mobilizou oito navios para operações antidrogas — sete posicionados no Caribe e um no Pacífico. Maduro criticou a medida ao dizer que se trata de uma ameaça à Venezuela.
Indagado sobre a possibilidade de buscar a remoção de Maduro, Hegseth declarou que a decisão cabe ao presidente dos EUA, Donald Trump. Contudo, ressaltou que o país tem “todos os recursos do Exército norte-americano disponíveis”.

No mesmo dia, a líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, afirmou que “falta pouco para que a Venezuela seja livre”. “A preparação desse momento não para nem por um segundo e nada pode deter um povo que já decidiu ser livre”, afirmou em vídeo transmitido durante um fórum sobre a Venezuela no Panamá.
María Corina, que se mantém escondida, afirmou que o cerco contra o regime de Maduro se intensifica diariamente por pressão de democracias ocidentais. “Sabemos que os dias dessa organização criminosa estão contados”, declarou.
Cresce pressão sobre Maduro
Mesmo sem citar diretamente os EUA, a mensagem de María Corina ocorre em meio ao aumento do envio de navios norte-americanos à região. Além disso, Trump aumentou a recompensa, agora de US$ 50 milhões, por informações que levem à captura de Maduro.
O ditador venezuelano foi acusado por Washington de liderar um cartel de drogas. No mesmo evento, o opositor Edmundo González Urrutia convocou os venezuelanos a se prepararem “para um tempo de transição”.
Leia mais: “Lições da Venezuela”, artigo de Alexandre Garcia publicado na Edição 232 da Revista Oeste
Como resposta, a ditadura venezuelana colocou as forças armadas em alerta e intensificou a convocação de reservistas. O regime alega ter mobilizado 4,5 milhões de integrantes na Milícia Nacional Bolivariana.
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[Oeste]
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