Fase de instrução concluída, Moraes busca celeridade no processo que investiga os mandantes do crime.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu um passo significativo em direção à conclusão do caso Marielle Franco. Ele solicitou formalmente ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que marque a data para o julgamento da ação penal que apura o planejamento do assassinato da ex-vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes. A decisão de Moraes, proferida nesta quinta-feira, 4, baseia-se no encerramento da fase de instrução processual, indicando que todas as diligências necessárias para a investigação foram devidamente cumpridas.
Cinco réus respondem pelo planejamento do crime, incluindo os irmãos Brazão.
A ação penal em questão concentra-se nos acusados de serem os mentores intelectuais por trás do brutal assassinato. No total, são cinco réus: o ex-deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil fluminense, Rivaldo Barbosa, o ex-assessor do TCE Robson Fonseca, e o policial militar Ronald Alves Pereira. A gravidade das acusações levou a Procuradoria-Geral da República, em maio, a pedir a condenação de todos os cinco réus, incluindo os irmãos Brazão.
Executores já foram condenados após acordos de delação premiada.
Enquanto a justiça avança para julgar os planejadores, os executores diretos do crime já tiveram seus destinos definidos. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, que confessaram sua participação no assassinato, fecharam acordos de delação premiada, detalhando as circunstâncias das mortes. A dupla foi denunciada e posteriormente condenada por duplo homicídio triplamente qualificado, além de um homicídio tentado e pela receptação do veículo Cobalt, utilizado no dia do crime, em 14 de março de 2018. A expectativa agora é que o julgamento dos mandantes, com a inclusão dos irmãos Brazão, ocorra em breve, trazendo mais respostas a um caso que chocou o país.
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