Se o Duque de Caxias estivesse vivo, presenciando a conduta lamentável de alguns militares das Forças Armadas, certamente sentiria profunda vergonha ou fúria. A vergonha, por ver o legado de bravura e patriotismo sendo manchado por aqueles que se acovardam diante de civis, abandonando seus princípios e deveres. A fúria, por presenciar a traição aos valores que ele tanto prezava: a honra, a disciplina e a defesa incondicional da nação.
Caxias, o patrono do Exército Brasileiro, jamais se submeteria a ordens antiéticas ou ilegais. Ele era um líder íntegro e corajoso, que colocava o bem do país acima de qualquer interesse pessoal ou político. Para ele, a obediência cega não era virtude, mas sim subserviência.
As conversas que vazaram recentemente na mídia fabricada revelam um ambiente de subserviência e covardia entre alguns militares. Generais, coronéis e outras patentes se curvando a civis, abandonando a postura altiva e firme que se espera de um defensor da pátria.
É inadmissível que homens que juraram defender a nação se comportem de maneira tão indigna. Homens que entoaram a Canção do Exército, da Infantaria, da Marinha ou da Aeronáutica, com fervor e patriotismo, agora se ajoelham diante de interesses escusos.
Mesmo que seus atos não configurem crime legal, configuram crime de covardia, um crime moral que fere a alma da nação. E a covardia, segundo Caxias, “é o único crime que não tem perdão”.
Se Caxias estivesse aqui, ele certamente tomaria providências drásticas para restaurar a honra e a dignidade das Forças Armadas. Ele puniria exemplarmente os responsáveis por essa conduta vergonhosa, e os exortaria a retomarem o caminho do patriotismo e da bravura. Ninguém sabe a quem serve esta cortina de fumaça que todos os dias, em pequenas doses, embriaga a saga de algumas autoridades do país, como numa decisão por questão de honra em condenar um homem que já foi abatido por uma eleição pra lá de suspeita. As ruas mostram o contrário do que foi determinado.
No Brasil de hoje quem é contra o regime da plêiade vai se deparar com uma frase muito célebre: “Dê-me um homem e eu lhe darei um crime.”
O Brasil precisa de militares à altura do Duque de Caxias. Homens e mulheres de fibra, que defendam a nação com bravura e desprendimento, sem se submeterem a interesses escusos ou ordens antiéticas.
É hora de resgatar o legado de Caxias e expurgar da caserna a covardia e a subserviência. As Forças Armadas brasileiras merecem líderes à altura de sua história e de seu compromisso com o Brasil.
Militar que se acovarda e delata operações, sejam eles quais for, não é soldado, é delator e como tal, merecem o crime peculiar à pena. (O Código Disciplinar do Exército (R-4))
Por: Marcelo Negreiros – mnegreiros.com
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