Cidade em Goiás tem ‘poço sem fundo’ que intriga mergulhadores

Entre os atrativos naturais mais enigmáticos do Brasil, o Poço da Camisa, em Divinópolis de Goiás, destaca-se pela coloração azul-turquesa de suas águas e pelo fato de seu fundo jamais ter sido alcançado, segundo especialistas. Localizado no complexo de Terra Ronca, o poço está envolto em lendas que reforçam sua aura de mistério.

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O nome do local é alvo de especulações, já que não há a confirmação de uma explicação oficial. Uma das histórias mais conhecidas relata que um viajante desapareceu na região, o qual deixou para trás apenas uma camisa pendurada em um galho. Essa incerteza alimenta a curiosidade dos visitantes.

Exploração científica e turística no Poço da Camisa

Relatos de espeleólogos (profissional que estuda cavernas e grutas) e mergulhadores sugerem que, até hoje, ninguém conseguiu atingir o fundo do Poço da Camisa. A dificuldade de acesso e a beleza do cenário subterrâneo intensificam o fascínio pelo local, que se tornou alvo de diversas expedições científicas e turísticas.

Uma imagem registrada pelo espeleólogo e fotógrafo de natureza subterrânea Alexandre Lobo obteve menção honrosa no Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show 2024. Isso ampliou a notoriedade do poço entre apreciadores de turismo de aventura e fotografia.

O acesso ao poço ocorre por meio de agências especializadas, já que ele está situado em uma fazenda particular. A Agência Peregrino Aventura informa que o trajeto envolve 14 km de percurso até a entrada, seguidos de uma caminhada de 1 km até a borda, onde é obrigatório realizar um treinamento de ascensão em corda no dia anterior à visita.

Para chegar ao interior do poço, os visitantes fazem um rapel de 45 metros, além de flutuação nas águas e registro fotográfico antes da subida de volta. Conforme a agência, mergulhadores já chegaram a mais de 50 metros de profundidade, sem localizar o fundo da caverna.

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O complexo de Terra Ronca, onde o Poço da Camisa está inserido, fica a cerca de 600 km de Goiânia, entre os municípios de São Domingos e Guarani de Goiás. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o parque é um dos maiores conjuntos de cavernas da América do Sul.