Apesar da existência ter sido confirmada, muitas questões acerca do oitavo continente ainda são incógnitas.
Embora hoje as tecnologias já estejam avançadas a ponto de descobrir uma nova espécie de dinossauro na Índia, ainda há muitas descobertas a serem feitas. Alguns questionamentos são amplamente debatidos e pesquisados, enquanto outras questões são verdadeiras surpresas.
E uma evidência de que o mundo continua desconhecido mesmo diante de tantos avanços é que existe um continente que levou anos para ser identificado.
Conheça a Zelândia, o oitavo e misterioso continente
Segundo a BBC News Brasil, uma equipe de geólogos liderada por Nick Mortimer descobriu a existência da Zelândia em 2017, chamada Te Riu-a-M?ui, na língua maori, povo nativo da Nova Zelândia. Situado no sudoeste do oceano Pacífico, a Zelândia tem 4,9 milhões de quilômetros quadrados e encontra-se 94% submersa.
A Nova Zelândia e o arquipélago Nova Caledônia estão nesse 6% do território que fica acima do nível do mar. De acordo com a revista Pesquisa Fapesp, foi a equipe coordenada por Nick Mortimer que sugeriu considerar o espaço como um continente.
Vale lembrar que em setembro de 2024, cientistas descobriram a existência de um ‘oceano escondido’.
Ainda conforme a publicação da BBC, apesar das especulações já existentes sobre o território, foi apenas com o aumento no financiamento que os pesquisadores conseguiram encontrar evidências significativas.
A mais imporante veio de dados de satélite, que podem ser usados para rastrear pequenas variações na gravidade da Terra em diferentes partes da crosta para mapear o fundo do mar. A tecnologia permitiu enxergar a Zelândia como uma massa disforme quase tão grande quanto a Austrália.
Zelândia era parte da Gondwana
A Zelândia era originalmente parte do antigo supercontinente de Gondwana, que agrupava as terras do hemisfério sul há cerca de 550 milhões de anos. O processo de afastamento da Zelândia, sua formação, como o território ficou submerso e se alguma vez o local esteve acima do mar são questões que permanecem sem respostas.
Assim, a GNS Science lidera um programa de pesquisa em geociências que investiga e explora a estrutura da Zelândia. Porém, o geólogo que integrou a equipe responsável pela descoberta, Andy Tulloch, ressaltou à BBC o quanto os estudos do oitavo continente são desafiadores.
“É muito difícil fazer descobertas quando tudo está a 2 km debaixo d’água, e as camadas que você precisa analisar também estão a 500m abaixo do leito oceânico”, diz ele.
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