[Editada por: Marcelo Negreiros]
Lideranças do PDT do Rio de Janeiro têm uma estratégia para manter o ex-governador Ciro Gomes no partido e também pressionar nas articulações políticas para os palanques do Estado em 2026. Uma ala da sigla começou a aventar a ideia de convencê-lo a mudar o domicílio eleitoral e ser candidato ao Palácio da Guanabara.
Atualmente, o PDT está alinhado ao prefeito Eduardo Paes, do PSD, que aparece isolado na dianteira das pesquisas de intenção de voto. Os mais entusiasmados em ver Ciro na disputa fluminense sugerem um paralelo distante: lembram que os gaúchos Leonel Brizola e Getúlio Vargas tiveram sucesso nessa empreitada no passado e governaram o Rio mesmo sendo “forasteiros”.
Os aliados de Ciro dizem que o cenário no Rio hoje está consolidado com Paes, mas o pedetista poderia dar uma “chacoalhada” no tabuleiro político porque é tanto anti-Bolsonaro quanto anti-Lula. Procurado por meio de sua assessoria, Ciro não respondeu.
Em conversa com a Coluna do Estadão, interlocutores da legenda observaram que a situação atual de Ciro no Ceará também não é confortável. Ele vive um racha com o irmão, Cid Gomes, que migrou para o PSB, e teria pouco espaço para disputar cargo local pelo PDT. Esse é um dos motivos pelos quais ele tem sido sondado pelo PSDB e pelo União Brasil. Mas, até o momento, não sinalizou mudança para nenhum desses partidos.
Ciro já disputou a eleição presidencial quatro vezes. Em 2022 e 2018, pelo PDT. Em 2002 e 1998, pelo PPS. Também foi governador do Ceará de 1991 a 1994 e ministro nos governo Itamar Franco e Lula.

Ciro Gomes (PDT) entra na ‘guerra dos bonés’. Foto: @cirogomes via X (antigo Twitter)
[Por: Estadão Conteúdo]
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