Comitiva vai aos EUA em meio ao tarifaço e crítica de Eduardo

A comitiva do Senado que vai aos Estados Unidos em meio ao tarifaço do governo de Donald Trump embarca rumo a Washington D.C. nesta sexta-feira (25/7). O grupo, composto por quatro titulares e quatro suplentes, ficará na capital norte-americana em agenda oficial entre os dias 28 e 30 de julho. As tarifas de 50% começam a partir de 1º de agosto.

A comitiva é liderada pelo presidente da comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS, na foto em destaque). Apesar da disputa diplomática ter motivado a viagem, os congressistas não participam das negociações diretas com a Casa Branca. O governo brasileiro centraliza as tratativas em uma força-tarefa chefiada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio, Geraldo Alckmin (PSB).

Os senadores terão agendas com congressistas norte-americanos e empresários ligados aos setores que serão mais afetados pela taxação. Na segunda-feira (28/7) irão se reunir com a embaixadora do Brasil em Washington D.C. no período da manhã e depois com lideranças empresariais e representantes do Conselho de negócios Brasil-EUA  na sede da Câmara do Comércio dos EUA.

Veja quem são os integrantes da comitiva:
Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE)

Titulares

Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo
Tereza Cristina (PP-MS)
Fernando Farias (MDB-AL)

Suplentes

Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
Esperidião Amin (PP-SC)
Rogério Carvalho (PT-SE)
Carlos Viana (Podemos-MG)

Alguns senadores irão embarcar nesta sexta-feira, como é o caso do presidente Nelsinho Trad e Tereza Cristina. Outros, somente no sábado ou no domingo. Há ainda congressistas que já tinham ido aos Estados Unidos durante o recesso e irão se encontrar com os demais integrantes em Washington.

Eduardo Bolsonaro: comitiva é um “desrespeito” a Trump

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a iniciativa do Senado e disse tratar-se de “políticos que visam adiar o enfrentamento dos problemas reais” e que “ignoram o cerne da questão institucional brasileira”.

O filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos EUA desde março e é apontado como um dos principais articuladores das sanções do governo Trump ao Brasil, disse que a ida dos senadores é “um desrespeito” à carta do republicano enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pois ele “foi explícito ao apontar os caminhos que o Brasil deve percorrer internamente para restaurar a normalidade democrática”.

“Buscar interlocução sem que o país tenha feito sequer o gesto mínimo de retomar suas liberdades fundamentais – como garantir liberdade de expressão e cessar perseguições políticas – é vazio de legitimidade. O constrangimento se agrava com a presença de senadores ligados ao partido de Lula, político que sistematicamente adota posturas hostis aos EUA”, disse.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse, na quinta-feira (24/7), que a comitiva não tem interesse em “alimentar conflitos, mas sim proteger a soberania” do Brasil.

Wagner disse que o grupo “busca soluções para a questão das tarifas que impactam nossas exportações”. O senador salienta que “o diálogo respeitoso é o caminho para avançarmos” nas negociações.

“Não nos interessa alimentar conflitos, mas sim proteger a nossa soberania e os interesses do nosso país. A missão é fortalecer o entendimento e encontrar alternativas que beneficiem nossa economia, respeitando sempre nossa autonomia”, disse os senador nas redes sociais.

[Metrópoles]

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