Um dos grupos mais emblemáticos da era da Jovem Guarda, os Golden Boys, viu sua trajetória ser encerrada após um conflito familiar que evoluiu para um processo judicial. O desentendimento envolve o cantor e fundador Ronaldo Corrêa, de 82 anos, e seu sobrinho Bruno Galvão, que atuava como produtor e músico da banda.
Formado originalmente pelos irmãos Ronaldo, Renato e Roberto Corrêa, ao lado do amigo Waldir da Anunciação, o grupo fez sucesso nas décadas de 1960 e 1970. Após as mortes de Roberto e Waldir, a banda passou por reformulações e, em 2017, ganhou a participação de Mário Corrêa, outro irmão, com Bruno assumindo a produção.
Contudo, a relação profissional entre tio e sobrinho se deteriorou. Segundo Ronaldo, Bruno teria realizado alterações salariais e movimentações financeiras sem consentimento, além de se recusar a apresentar comprovantes. O desentendimento culminou com o rompimento da parceria e um processo judicial.
De acordo com boletim de ocorrência divulgado pelo colunista Marcos Bulques, Ronaldo acusa Bruno de reter o controle das redes sociais do grupo, que possuem mais de 68 mil seguidores, e de usar indevidamente a marca Golden Boys para promover novos projetos.
“Aos 82 anos de idade, eu tenho que processar meu próprio sobrinho. Ele saiu da banda e ficou com as redes sociais. Agora usa minha marca sem minha autorização”, declarou Ronaldo.
Ronaldo também revelou que parte da família se voltou contra ele após a ação judicial, e que Bruno segue realizando shows com Renato e Mário Corrêa, agora sob o nome “Os Corrêas”, mas ainda fazendo referência aos Golden Boys, o que causou revolta no fundador.
“Usam o nome ‘Os Corrêas cantam Golden Boys’ nas divulgações. É lamentável. Podem me atingir, mas minha carreira e minha história ninguém apaga”, desabafou Ronaldo.
O caso evidencia como disputas internas e familiares podem pôr fim a histórias marcantes da música brasileira, mesmo após décadas de sucesso e legado.
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