Belém – O primeiro dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) deu o tom político e técnico do evento. Esta segunda-feira (10/11) começou com provocações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos Estados Unidos e terminou com entrega dos primeiros resultados e indicativos pela CEO do evento, a economista Ana Toni.
Na abertura da COP30, Lula reclamou da ausência de países que financiam guerras e se recusam a participar da Conferência, e, consequentemente, não aportam recursos em mecanismos de manutenção climática. Foi uma indireta aos EUA do presidente Donald Trump, principal fiador da guerra da Ucrânia.
“Se os homens que fazem guerra estivessem aqui nesta COP, eles iriam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para a gente acabar com o problema climático que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra, como fizeram no ano passado”, declarou Lula.
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Lula na COP30
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Presidente da COP 30, André Corrêa Lago, e presidente da COP29, do Azerbaijão
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Ana Toni
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com líderes mundiais na foto oficial da Cúpula do Clima, que antecede a COP30 em Belém
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Fafá de Belém na COP30
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Presidente da COP 30, André Corrêa Lago
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O que a COP30 tem que entregar para não fracassar
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Centro de Convenções da cúpula COP30
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A expectativa da organização do evento é que as decisões possam ser tomadas rapidamente. A leitura é baseada na votação da agenda da COP30, rapidamente aprovada e adotada desde o primeiro dia de Conferência.
Ao fim do dia, a CEO (diretora-executiva, em português) da COP30, Ana Toni, afirmou que 111 países apresentaram seus planos climáticos para o Acordo de Paris. Tratam-se das Nationally determined contributions, os compromissos definidos por cada país para manter o aumento da temperatura global em até 1,5°.
“Esta tarde tivemos 111 NDCs, tínhamos 64 há algumas semanas. Dia por dia vai aumentando, é o sinal que o multilateralismo e o Acordo de Paris estão funcionando. Temos 194 países credenciados [para a COP], estamos fortalecendo o multilateralismo”, afirmou.
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No caso da Conferência no Brasil, a meta é catapultar os mecanismos de mitigação climática, principalmente os meios de financiamento. “Esta é a COP da implementação. O Loss and Damage Fund (Fundo de Perdas e Danos), acordado na COP28, começou a funcionar, com aporte de US$ 250 milhões para propostas aprovadas. Isso é implementação”, disse Toni.
Trata-se de um mecanismo de financiamento climático para apoio financeiro aos países mais vulneráveis pela mudança climática, vítimas de perdas por eventos extremos ou degradação parcial de biomas.
Ainda na segunda-feira, os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs) reafirmaram que iriam fortalecer e acelerar o financiamento climático. O Fundo de Investimento Climático (CIF) anunciou que receberá uma contribuição de US$ 100 milhões da Alemanha e Espanha para o programa Acelerando Investimentos em Resiliência e Inovações para Economias Sustentáveis (Arise).
[Metrópoles]
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