Corregedor da Câmara pede suspensão cautelar de três deputados por motim; saiba quais

[Editada por: Marcelo Negreiros]

BRASÍLIA – O Corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Diego Coronel (PSD-BA), pediu, nesta sexta-feira, 19, a suspensão cautelar do mandato do deputado Marcos Pollon (PL-MS) por 120 dias, e dos deputados Zé Trovão (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS) por 30 dias pelo motim da oposição que impediu os trabalhos do plenário da Câmara dos Deputados neste mês de agosto.

Os três tiveram papel de protagonismo no motim. Trovão tentou impor uma espécie de barreira física para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) retomar o controle da Casa, enquanto Pollon e Van Hattem foram os últimos a ceder a cadeira para Motta.

A partir da recomendação de punição, o caso vai para a Mesa Diretora da Câmara, que então encaminha as representações, individualizadas, ao Conselho de Ética. A expectativa, segundo representantes do Conselho, é que os documentos já cheguem na segunda-feira, 22. A punição começa a ser aplicada após aprovação do Conselho.

Além dessa punição, foi também indicada censura escrita para Pollon, Trovão, Van Hattem, Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Pr. Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL; e Zucco (PL-RS), líder da oposição.

A partir da recomendação, o caso vai para que manda para a Mesa Direotra da Câmara, que então encaminha as representações, individualizadas, ao Conselho de Ética. A expectativa, segundo representantes do Conselho, é que os documentos já cheguem na segunda-feira, 22.

Todos os três parlamentares punidos com suspensão cautelar foram procurados. Pollon acredita que a decisão será “técnica” e que o protesto foi “legítimo, pacifico e dentro da lei”. “Ser punido por defender o povo é privilégio de quem não é covarde. Se ocorrer eventual punição, é um certificado que em momentos de grave crise institucional, não me acovardei, não me omiti e não me vendi”, afirmou. Os demais não responderam. O espaço segue aberto.

“Atuamos com imparcialidade, analisamos cada conduta de forma individual e cumprimos o nosso compromisso de agilidade, entregando nosso relatório passados 22 dias úteis da representação, ou seja, metade do prazo. Agora, cabe à Mesa decidir sobre as recomendações apresentadas”, disse o corregedor.

Segundo o corregedor, parte da punição da maior a Pollon em relação aos demais se deveu ao fato de ter feito declarações difamatórias contra a presidência da Câmara. Como revelou o Estadão, Pollon chamou Motta “bosta” e “baixinho de um metro e 60? em uma manifestação bolsonairsta.

Foram 90 dias de suspensão cautelar para Pollon, mais 30 dias pela obstrução o aceso à cadeira da presidência da Câmara. Por isso, Trovão e Van Hattem também foram punidos pelos mesmos 30 dias.

[Por: Estadão Conteúdo]

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