Está prevista para a manhã desta terça-feira (18/11), a partir das 9h, a oitiva do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e do diretor de Inteligência Policial da corporação, Leandro Almada, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado.
A reunião marca o inicio oficial dos trabalhos da comissão, que foi instalada em 4 de novembro, logo depois a megaoperação no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos e levantou novamente o debate sobre segurança pública no Brasil.
O primeiro encontro da comissão foi direcionado a sua instalação, escolha de nomes para presidência e relatoria, além da aprovação de alguns requerimentos iniciais.
O convite para que os diretores da corporação falassem aos senadores foi apresentado pelo relator da comissão, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), e foram aprovados no mesmo dia da instalação da CPI, juntamente com outros requerimentos para ouvir o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e 11 governadores.
Segundo Vieira, a contribuição das autoridades convidadas seria “imprescindível para que este colegiado possa construir um diagnóstico fidedigno da ameaça e avaliar a eficácia das políticas públicas em vigor”.
Na quarta-feira (19/11), ainda estão previstas as oitivas do Promotor de Justiça Lincoln Gakiya juntamente com Antônio Glautter de Azevedo Morais, diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
Segurança em pauta
Embora ocorra no Senado, a CPI dá o pontapé em seus trabalhos no mesmo dia em que a Câmara votará o PL Antifacção, que ganhou tração na mesma esteira da CPI, com a polêmica em torno da operação policial no complexos da Penha e do Alemão.
Ainda não há consenso sobre o tema, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) negou que fará mudanças na relatoria do texto, atualmente sob os cuidados do secretário de segurança pública de São Paulo licenciado, Guilherme Derrite (PP), e afirmou que a votação está mantida nesta terça-feira (18/11).
Senador Fabiano Contarato, presidente da CPI do Crime Organizado
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CPI do Crime Organizado
A Comissão, que terá 120 dias para investigar as ramificações do crime organizado no país, foi instalada uma semana depois da megaoperação no Rio de Janeiro, a mais letal da história do estado.
A ação policial no Rio tinha o objetivo de combater a expansão do Comando Vermelho, mas a proporção da operação fez com que os resultados repercutissem tanto na opinião pública como na atividade parlamentar.
A CPI foi criada por determinação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Parlamentares da base governista conseguiram emplacar o senador Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente –diminuindo as chances de criar-se um novo flanco de desgaste para o governo, como imaginou-se que seria a CPI do INSS.
Segundo o plano de trabalho apresentado pelo relator, a comissão deve fazer um “rigoroso diagnóstico da situação atual da criminalidade organizada no Brasil, da infraestrutura e arcabouço legal disponíveis para o combate ao crime e das experiências exitosas dentro e fora do país na prevenção e repressão à ação das Organizações Criminosas”.
[Metrópoles]
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