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Cristiana Oliveira revela luta contra dismorfia e acende alerta sobre transtorno comum

Cristiana Oliveira fala sobre a pressão estética e a busca por aceitação que a levaram a enfrentar a dismorfia corporal.

Em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, a atriz Cristiana Oliveira revelou uma batalha silenciosa que marcou sua vida: o transtorno dismórfico corporal (TDC), condição que distorce a percepção da própria imagem.

“Eu me olhava no espelho e sempre achava que podia perder um pouco mais. Falava: ‘Será que na televisão, que engorda de 6 a 8 kg, eu vou estar suficientemente magra?’ Passei por tudo isso na minha vida, tudo por aceitação”, confessou a atriz, hoje consciente de que esse comportamento vinha de uma necessidade de validação externa.

Veja o relato da atriz na íntegra:

Segundo a cirurgiã plástica Dra. Heloise Manfrim, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Cristiana não é a única a sofrer com a dismorfia. A especialista aponta que o transtorno afeta mais de 4 milhões de brasileiros entre 15 e 30 anos.

O que é a dismorfia corporal?

O transtorno dismórfico corporal (TDC) faz com que a pessoa tenha uma visão distorcida de si mesma, focando obsessivamente em supostos defeitos físicos que muitas vezes são imperceptíveis aos outros. A Dra. Heloise Manfrim aponta ainda que pessoas que sofrem com a TDC acabam perdendo a capacidade de reconhecer sua própria beleza de forma realista

Na dismorfia, qualquer área do corpo pode ser o foco de preocupação; no entanto, as áreas mais comuns são a pele (por exemplo, acne mínima, cicatrizes), cabelo (por exemplo, afinamento), nariz e formato do corpo. Segundo a Dra. Heloise, a pressão estética, como aconteceu com a atriz Cristiana Oliveira, também é algo que influencia nesse comportamento.

Segundo a especialista alguns sinais de alerta são:

  • Bodychecking (checagem constante do corpo no espelho, balança ou fotos).
  • Comparação excessiva com outras pessoas, especialmente nas redes sociais.
  • Busca por procedimentos estéticos desnecessários.
  • Ansiedade extrema em relação ao peso ou forma física.

“O paciente checa seu corpo com fita métrica, balança, roupas antigas e espelho, diversas vezes ao dia. Existe também a comparação com outras pessoas nas redes sociais. Todos estes comportamentos estão associados a superavaliação do corpo, do peso, da alimentação”, explica a Dra. Beatriz Lassance.

A dismorfia pode também acabar evoluindo para outros transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. A médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), explica que essas são patologias que necessitam de atendimento médico, com acompanhamento multidisciplinar. “Se a pessoa identificar que não consegue se controlar e que os episódios estão muito frequentes, deve procurar atendimento”, alerta a profissional.

Redes sociais e a busca por um padrão irreal

A dismorfia também aumenta a busca por clínicas médicas para realização de procedimentos estéticos muitas vezes desnecessários. O Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico membro da SBCP, destaca que as redes sociais e os filtros têm agravado o problema.

“Acredito que as redes sociais e o uso de filtro às vezes geram uma busca por algo irreal, então as pessoas ficam obcecadas por parecerem outra pessoa, terem outra característica, o que causa uma distorção de imagem. Com muito filtro, as pessoas tornam-se até irreconhecíveis”, esclarece o cirurgião.

De acordo com a Dra. Beatriz Lassance, a insatisfação com o próprio corpo pode ser motivador para mudar hábitos e escolher um estilo de vida mais saudável, mas em pacientes com transtornos alimentares ou dismorfia corporal isto se torna uma obsessão. “Até o exercício físico pode passar de uma forma de autocuidado e melhora da saúde para bodychecking contínuo de partes isoladas do corpo”, comenta a médica.

Como lidar com a dismorfia?

Para a Dra. Beatriz Lassance, cirurgiã plástica, o caminho para superar a dismorfia começa com um exercício simples, porém transformador: tratar a si mesmo com a mesma gentileza que dedicamos às pessoas que amamos.

“Pergunte-se: você falaria com uma amiga da mesma forma cruel que fala consigo mesmo diante do espelho? Identificar esses momentos de autocrítica excessiva e reformular esse diálogo interno é fundamental”, exemplifica a médica.

Além da mudança de mentalidade, a especialista recomenda ações práticas para reduzir os gatilhos da dismorfia:

  • Transforme seu ambiente: elimine balanças e fitas métricas de casa. Alguns psicólogos sugerem até cobrir espelhos temporariamente.
  • Redes sociais com olhar crítico: desconfie do que vê; afinal, uma foto pode ter pose calculada, Photoshop, filtros ou iluminação que distorcem a realidade.
  • Substitua a obsessão por autocuidado: passeios ao ar livre, encontros com amigos, leitura ou hobbies como artesanato ajudam a redirecionar o foco para experiências, não para a aparência.

Onde buscar ajuda?

CVV (Centro de Valorização da Vida): 188 (ligação gratuita)
? Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)


Fontes consultadas

  • Dra. Heloise Manfrim (Cirurgiã plástica)
  • Dra. Beatriz Lassance (Cirurgiã plástica)
  • Dra. Marcella Garcez (Nutróloga)
  • Dr. Paolo Rubez (Cirurgião plástico)

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