Preterida na disputa pelo Senado, Damares Alves (Republicanos), ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro, afirmou, nesta terça-feira, 19, que não irá apoiar a candidatura à reeleição de Ibaneis Rocha (MDB) ao governo do Distrito Federal. A ex-ministra foi colocada de lado na disputa, com negociação feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Com o aval do presidente, a vaga ao Senado será disputada pela deputada federal Flávia Arruda (PL).
“Recuei da chapa de Ibaneis. Agora vou esperar o partido decidir nosso rumo”, disse Damares a Oeste, na noite desta terça-feira.
O recuo de Damares ao apoio de Ibaneis pegou os apoiadores de Bolsonaro de surpresa. A ex-ministra, um dos nomes mais fortes do governo de Bolsonaro, deixou o cargo no Executivo para concorrer ao Senado, mas não escondeu o desconforto com a negociação direta feita pelo presidente da República. Bolsonaro cedeu na retirada do nome da ex-ministra em prol de palanque no Distrito Federal.
Ibaneis tem a candidatura à reeleição apoiada por um dos nomes políticos mais fortes do Distrito Federal, o ex-governador José Roberto Arruda. O político chegou a ter os direitos políticos cassados, por envolvimento no esquema de corrupção que ficou conhecido como Caixa de Pandora. Neste último mês, ele recuperou os direitos políticos, por meio de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça.
No acordo que garante o palanque de Ibaneis a Bolsonaro, Damares chegou a ser cotada como candidata a deputada federal, mas os próprios aliados de Bolsonaro consideram como descartada a possibilidade. “Com o que aconteceu, ela nem sabe se irá disputar a eleição”, disse um apoiador.
Flávia Arruda foi secretária-geral de governo de Bolsonaro e retornou para a Câmara em abril, devido aos prazos estipulados pela Justiça Eleitoral. Ela é casada com o ex-governador José Roberto Arruda. Será a primeira vez que ela disputará o Senado. A indicação ao governo foi feita pelo PL, partido comandado por Valdemar Costa Neto.
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