[Editada por: Marcelo Negreiros]
A maior parte dos brasileiros é contra uma anistia para os condenados por tentativa de golpe de Estado, incluindo os participantes dos atos de 8 de Janeiro. Segundo pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira, 1º, 55% dos entrevistados se posicionaram contrários a um possível perdão e apenas 35% apoiaram a medida. Os que não sabem opinar são 8% e os indiferentes 3%.
Apesar de a maioria rejeitar a anistia, o estudo identificou que 47% dos brasileiros apoiam a cassação do visto americano de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Os que reprovaram a medida são 42%, enquanto outros 10% não souberam opinar e 1% não concordou nem discordou.

Além de Moraes, outros sete ministros do Supremo também tiveram seus vistos revogados. Foto: WILTON JUNIOR
Tanto a anistia dos condenados na trama golpista quanto a cassação dos vistos de magistrados fazem parte dos crescentes atritos que ocorrem entre o governo dos Estados Unidos e o Brasil.
Autoexilado nos EUA, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem trabalhado pelas sanções a autoridades nacionais — como a cassação dos vistos — em busca da anistia para os condenados pela tentativa de golpe de Estado, dentre eles, seu pai, Jair Bolsonaro (PL).
EM meio aos debates, os EUA anunciaram a taxação de 50% dos produtos brasileiros vendidos nos Estados Unidos, a revogação do visto de oito ministros do STF, incluindo Moraes, e, recentemente, na aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.
Apesar do temor gerado pelo tarifaço, compartilhado inclusive por políticos de direita, o apoio a uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, defendida por Eduardo, tem crescido ligeiramente, segundo o Datafolha.
O instituto aponta que em março do ano passado, 63% eram contrários ao perdão e 31% favoráveis, enquanto outros 4% não sabiam opinar e 2% eram indiferentes. Após as sanções, os apoiadores chegaram a 35%, como consta na pesquisa divulgada nesta sexta.
O estudo da Datafolha ouviu 2.004 pessoas entre os dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
[Por: Estadão Conteúdo]
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