O governo federal anunciou um novo modelo de crédito imobiliário que vai permitir o acesso à casa própria para famílias de classe média. O programa reestrutura o uso da poupança para ampliar oferta de crédito.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (10) durante o evento em São Paulo, pelo presidente Lula que afirmou que até então “essas pessoas não têm direito a comprar casa, porque … não estão na faixa 1, nem na faixa 2”. Ele citou categorias como metalúrgicos, bancários, professores.
O que muda no crédito imobiliário para compra de casa própria
Com o novo modelo:
- O valor máximo do imóvel financiado sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões
- Famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil terão acesso ao novo financiamento
- Operações serão feitas pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), com juros limitados a 12% ao ano
- A Caixa Econômica voltará a financiar até 80% do valor do imóvel, já que desde novembro de 2024, cobria 70%
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Também será encerrado o regime de depósitos compulsórios na poupança, e todo o montante depositado passará a servir de referência para crédito habitacional.
Durante o processo de transição, que vai até 2027, os recursos da poupança serão cada vez mais direcionados ao setor habitacional de forma flexível.
Antes, programas habitacionais atendiam prioritariamente famílias com renda mais baixa (até R$ 12 mil). Com essa reformulação, a classe média poderá acessar crédito imobiliário em condições similares às faixas mais baixas.
Uso da poupança e fim do compulsório
Com o novo modelo, os recursos da poupança serão usados de forma mais flexível no setor habitacional. Atualmente, 65% dos depósitos são obrigatórios para crédito imobiliário, 15% ficam livres e 20% são compulsórios no Banco Central.
A reforma acaba com o compulsório, e o total da poupança passa a servir de referência para financiar imóveis, incluindo modalidades do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
Durante a transição, que vai até 2027, haverá redução gradual dos depósitos compulsórios e manutenção do direcionamento de parte dos recursos para crédito habitacional.
O governo federal estima que, com o novo modelo, a Caixa Econômica Federal financie 80 mil novas moradias até 2026.
Como será a adaptação ao novo modelo
O governo federal informou que a adaptação para o novo modelo de financiamento imobiliário será feita de forma gradual, começando ainda este ano.
O sistema deve entrar em plena operação em janeiro de 2027. Até lá, 65% dos recursos da poupança continuarão obrigatoriamente destinados ao crédito habitacional.
[Jornal da Paraiba]
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