Entidade de esquerda critica Anielle por ‘descaso’ com a Amazônia

[Editado por: Marcelo Negreiros]

A divulgação de uma carta durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), nesta segunda-feira 15, trouxe críticas à atuação da ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) em relação à região amazônica.

A Rede Amazônia Negra integra o Conselho Nacional de Igualdade Racial (CNPIR), que é vinculado à pasta comandada por Anielle.

O documento, distribuído pela Rede Amazônia Negra, pede apoio para a criação do Plano de Igualdade Racial da Amazônia Legal e denuncia a falta de atenção do governo Lula ao tema.

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No texto, a entidade apresenta dados de 2021 indicando que 42,2% dos habitantes da Amazônia Legal viviam em situação de pobreza, sendo a maioria composta por pessoas pretas e pardas.

Segundo a carta, “diante de uma região empobrecida que necessita de apoio, não vemos nenhuma sensibilidade por parte do governo federal na gestão da ministra Anielle Franco à frente do Ministério da Igualdade Racial”.

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Entidade aponta contradição no discurso de Anielle

Além disso, a Rede Amazônia Negra afirma que existe contradição entre as declarações públicas e as ações da ministra, destacando a ausência de políticas específicas para promover a igualdade racial na Amazônia Legal.

A entidade aponta que as promessas não se concretizaram em medidas efetivas para a população local.

O coordenador operacional da Rede, Pedro Paulo da Cunha Carvalho, conhecido como Paulo Axé, reforça as críticas ao afirmar que Anielle Franco adota postura antidemocrática.

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“O descaso praticamente foi mais uma questão pessoal dela com relação à nossa luta na Amazônia”, afirmou Carvalho ao jornal Folha de S.Paulo. “Um descaso geral, generalizado, com relação à postura dela, antidemocrática, antirrepublicana, de não conversar com as organizações da Amazônia e com nenhuma das organizações do Brasil.”

Ao discursar na Conapir, Anielle Franco defendeu o evento como “um excelente espaço de diálogo democrático entre governo e sociedade civil, que nos serve de instrumento para fortalecer e ampliar o controle social das políticas de igualdade racial”.

“Essa participação social nos permite identificar os desafios da luta pela igualdade racial, assegurar o atendimento ao cidadão e a proteção dos direitos individuais e coletivos da população negra”, acrescentou Anielle. 

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[Oeste]

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