A Fuga do Eleitorado Moderado
Pesquisas indicam que o eleitorado considerado moderado, crucial para o desfecho de pleitos acirrados, demonstra uma inclinação a votar em qualquer candidato que se oponha ao PT, desde que este não pertença à família Bolsonaro. A candidatura de Flávio, mesmo que ele seja visto como o membro mais “ponderado” do clã, inevitavelmente atrairá a **antipatia geral que cerca o grupo**. Isso pode levar uma fatia significativa desses eleitores a optar pelo voto nulo ou, surpreendentemente, a se voltar para a candidatura de Lula, o número 13 nos eleitores.
Desafios Internos e Externos na Campanha
Flávio Bolsonaro enfrentará uma série de obstáculos logo de início. A necessidade de obter o **apoio público de Michelle Bolsonaro**, com quem já teria tido desentendimentos, é um ponto sensível. Além disso, questões de sua trajetória política, como a **compra de uma mansão em Brasília** com recursos que, segundo adversários, podem ter origem nas controversas “rachadinhas”, certamente serão exploradas na vindoura guerra eleitoral. A capacidade de se apresentar como um candidato confiável para eleitores cansados da polarização extrema, alimentada tanto pelo bolsonarismo quanto por parte do petismo, será seu maior teste.
A Lógica por Trás da Decisão Familiar
A decisão de lançar Flávio à presidência não parece ser uma surpresa para a família Bolsonaro. A estratégia pode visar a **manutenção da liderança da direita**, evitando que nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – rotulado como “candidato do sistema” –, ganhem proeminência. No entanto, ao sacralizar Flávio como o nome principal, a análise sugere que **Lula se fortalece consideravelmente para 2026**, capitalizando sobre sua experiência anterior de vitória contra Jair Bolsonaro, o “original”, e sobre o contexto político atual.
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