FMI aprova 1ª revisão de empréstimo de US$ 2 bi à Argentina

[Editado por: Marcelo Negreiros]

Depois de negociações, a equipe técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou, nesta quinta-feira, 24, um acordo com o governo da Argentina para a primeira revisão do empréstimo firmado em abril. Assim, abre a possibilidade para o país receber cerca de US$ 2 bilhões, o equivalente a R$ 11 bilhões.

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O governo argentino firmou com o FMI um empréstimo de 4 anos dentro do Serviço Ampliado do Fundo, que soma US$ 20 bilhões. Desse total, já houve o repasse de US$ 12 bilhões. O pacto ainda depende do aval do conselho executivo da instituição, que deve realizar uma reunião ainda no fim deste mês.

Reconhecimento de avanços econômicos da Argentina

Sede do FMI, em Washington, nos Estados Unidos: ajuda total equivalente a US$ 122 bilhõesSede do FMI, em Washington, nos Estados Unidos: ajuda total equivalente a US$ 122 bilhões
Sede do FMI, em Washington, nos Estados Unidos | Foto: Divulgação/FMI

O Fundo Monetário Internacional destacou avanços sob a administração do presidente Javier Milei. O órgão mencionou a queda da inflação de 211% em 2023 para 118% no ano passado, além do alcance de superávit fiscal em 2024, feito inédito desde 2010.

Os resultados, conforme o líder liberal, são em função do fechamento de órgãos públicos, cortes de 50 mil cargos no serviço estatal e quase total paralisação das obras públicas. Segundo o FMI, “o programa teve um início sólido, apesar de um contexto externo mais desafiador”.

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A organização explicou que os avanços se devem à manutenção de políticas macroeconômicas rigorosas, com disciplina fiscal e medidas monetárias restritivas. Em contrapartida ao acordo financeiro, a Argentina flexibilizou controles cambiais vigentes desde 2019 e adotou um novo sistema de bandas para a cotação do dólar.

O FMI avaliou que “a transição para um regime cambial mais flexível e a eliminação de muitos dos controles cambiais têm ocorrido de maneira ordenada”, segundo nota oficial. O país busca fortalecer as reservas internacionais e limitou a emissão de moeda, o que contribuiu para a estabilidade cambial.

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A instituição também destacou que “o câmbio oficial tem se mantido próximo do ponto médio da banda, o processo de desinflação foi retomado, a expansão econômica continuou e a pobreza seguiu diminuindo”. Por fim, o órgão salientou que a Argentina conseguiu retornar aos mercados de capitais internacionais antes do prazo estimado.

Leia também: “Milei e o pedágio tucano”, artigo de Rodrigo Constantino publicado na Edição 275 da Revista Oeste

[Oeste]

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