O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou, nesta sexta-feira (25/7), que confirmou a presença do vírus da influenza aviária (gripe aviária) em aves do Bioparque do Rio de Janeiro.
A ocorrência foi registrada após o serviço veterinário oficial do estado ser notificado, no último dia 17 de julho, sobre a morte súbita de galinhas-d’angola no recinto Savana Africana.
Na terça-feira (22/7), o laboratório de referência do Ministério da Agricultura e Pecuária, em Campinas (SP), confirmou tratar-se do subtipo H5N1.
Vacina contra gripe aviária
- A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no dia 1° de julho, o início dos testes em humanos da vacina contra gripe aviária pelo Instituto Butantan.
- Para isso, o órgão pretende recrutar 700 adultos e idosos voluntários para participarem das fases 1 e 2 do estudo, onde serão aplicadas doses da candidata à vacina contra a doença.
- A vacina influenza monovalente A (H5N8) (inativada, fragmentada e adjuvada) será testada em duas doses com intervalo de 21 dias, primeiramente em adultos de 18 anos até 59 anos e 11 meses e depois em pessoas com 60 ou mais. O Instituto Butantan afirma que concluiu os estudos pré-clínicos com resultados favoráveis de segurança e imunogenicidade para a inauguração dos testes.
- O Ministério da Saúde (MS) publicou em dezembro de 2024 um Plano de Contingência Nacional do Setor Saúde para Influenza Aviária no qual define as estratégias que deve adotar em caso de situação de emergência relacionada à doença. Uma delas é prover estoques estratégicos de medicamentos e insumos que possam combater a disseminação da doença.
O recinto abrigava 16 galinhas-d’angola. A maioria morreu em decorrência do vírus, restando apenas três aves. Um pavão também morreu e outro apresentou sintomas da gripe aviária. Para conter a disseminação, todos os animais do espaço foram eliminados como medida sanitária.
Visitas suspensas
Com a confirmação do surto, as visitas ao Bioparque foram suspensas temporariamente para avaliação de risco.
Segundo o Ministério da Agricultura, profissionais de medicina veterinária, biologia e zootecnia estão realizando monitoramento constante dos demais animais, buscando identificar precocemente sinais da doença.
Entre as medidas adotadas, estão o deslocamento preventivo de espécies de outros recintos, mudanças na estrutura de biosseguridade para evitar contato entre aves cativas e silvestres, e reforço dos protocolos de proteção para as equipes de manejo, com uso obrigatório de equipamentos de proteção individual (EPIs).
O espaço Savana Africana seguirá interditado durante o período de vazio sanitário. Ações conjuntas entre órgãos de saúde animal, saúde pública e gestão ambiental estão em andamento para controlar e erradicar o foco.
[Metrópoles]
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