General diz que Eduardo deu ‘tiro no pé’ da família Bolsonaro por tarifaço 

[Editada por: Marcelo Negreiros]

Eduardo Bolsonaro diz que governo Trump mostrou a ele sanções antes de anúncio e apoia tarifaço

Deputado federal e também o influenciador Paulo Figueiredo afirmaram que inicialmente defendiam sanções individuais a Moraes, mas que passaram a defender tarifa. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O general Paulo Chagas, candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governo do Distrito Federal em 2018, disse nesta segunda-feira, 28, que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deu um “tiro no pé” da família com a atuação no tarifaço dos EUA contra o País. O militar da reserva do Exército, aos 76 anos, disse ainda que o bolsonarismo faz mal ao Brasil.

“Essa atitude do Eduardo para mim é um absurdo total, que demonstra o quanto o bolsonarismo faz mal para o Brasil. Eu digo isso com bastante tranquilidade porque eu já fui bolsonarista”, disse o general à Coluna do Estadão.

E acrescentou: “Eduardo Bolsonaro dá um tiro no pé da família dele que só vai prejudicar o Brasil. O próprio Trump cita na carta que a causa disso é a perseguição a Bolsonaro”. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o tarifaço entrará em vigor na próxima sexta-feira, 1º.

 Foto: Dida Sampaio/Estadão

Na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), Chagas fez amizade com boa parte dos generais que participaram da gestão Bolsonaro, inclusive o ex-ministro Walter Braga Netto, atualmente preso no âmbito da ação penal do golpe, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 2018, Paulo Chagas apoiou Bolsonaro e foi seu candidato ao governo do Distrito Federal. Durante o governo, contudo, rompeu com o então presidente por “governar só para o cercadinho (de radicais), pateticamente”. Chagas disputou, sem sucesso, a Câmara em 2022 pelo Podemos, então partido do ex-ministro Sergio Moro. Ele descarta novas candidaturas.

Eduardo Bolsonaro diz que ‘não haverá recuo’ no tarifaço

Na última semana, Eduardo Bolsonaro voltou a condicionar o fim da sobretaxa de 50% dos EUA a importações brasileiras à aprovação da anistia ao pai, réu no STF no processo da trama golpista.

“Não haverá recuo, porque para que ocorra uma mesa de negociação, o Brasil tem que dar um primeiro passo naqueles pontos da carta do Trump. E aí a minha sugestão é: deixem o Congresso votar a anistia. Se quiserem sacrificar o País inteiro, achando que vale a pena”, disse o deputado, que mora nos Estados Unidos há cinco meses para “buscar sanções” contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo contra o ex-presidente.

Uma comitiva suprapartidária de oito senadores, que inclui dois ex-ministros do governo Bolsonaro, está em Washington para tentar negociar um recuo no tarifaço. O grupo foi atacado por Eduardo e seu auxiliar, o blogueiro Paulo Figueiredo. “A comitiva vai quebrar a cara”, disse Figueiredo.

Sobretaxa pode eliminar 120 mil empregos em São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse no sábado, 26, que o tarifaço pode eliminar de 44 mil a 120 mil empregos no Estado, além de impactos de até 2,7% no PIB estadual e R$ 3 bilhões a R$ 7 bilhões na massa salarial.

[Por: Estadão Conteúdo]

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