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Governo João Azevêdo sofre com crise de imagem e falta de carisma político

Apesar de ser reconhecido por uma gestão eficiente e por conquistas relevantes à frente do Governo da Paraíba, o governador João Azevêdo enfrenta um sério problema que pode comprometer seu futuro político: a incapacidade de transformar sua boa administração em capital eleitoral. Mesmo críticos da oposição admitem os avanços do governo, mas as pesquisas mostram uma desconexão entre o reconhecimento da gestão e a popularidade pessoal do governador.

Essa dicotomia levanta um questionamento central: por que um governo bem avaliado não consegue projetar seu líder como um nome forte nas disputas eleitorais? A resposta, segundo observadores da cena política, passa pela ausência de uma comunicação estratégica eficaz e de um carisma que conecte o governador com a população.

Grande parte da responsabilidade recai sobre o atual secretário de Comunicação, Nonato Bandeira. Nome histórico da era Ricardo Coutinho, Bandeira é visto por muitos como alguém distante, centralizador e sem traquejo para a comunicação política moderna. Sua condução da imagem institucional do governo tem sido alvo de críticas, especialmente pela falta de estratégias que aproximem João Azevêdo do eleitorado.

Some-se a isso o perfil técnico e reservado do próprio governador, que pouco investe em aparições públicas com apelo popular ou em narrativas que humanizem sua gestão. A combinação da frieza institucional com uma comunicação ineficaz resulta em um governo que realiza, mas não emociona; que entrega, mas não engaja.

Essa fragilidade política já impacta nos planos futuros. Azevêdo reluta em disputar o Senado Federal, consciente de que não possui, neste momento, uma base popular sólida. As pesquisas o colocam atrás de outros nomes e a leitura entre seus aliados é clara: sem votos, sua candidatura seria uma aventura de risco.

Nos bastidores, há quem defenda que ele conclua o mandato e, caso consiga eleger seu sucessor, avalie disputar a prefeitura de João Pessoa em 2028, uma eleição com menor risco e visibilidade mais local.

Ainda que Nonato Bandeira concentre críticas, a responsabilidade também é do próprio governador, cuja postura ambígua e distanciada contribui para seu desgaste político. João Azevêdo pode ser um gestor exemplar, mas, fora do governo, o reconhecimento técnico pode não ser suficiente para sustentar sua trajetória eleitoral. Sem votos, como dizem os mais pragmáticos da política, ninguém é nada. E o governador, ao deixar o cargo, poderá perceber com clareza essa dura realidade.


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