Por: Samuel A. Camboim
Fiscalizar o exercício do poder, além de uma garantia do cidadão, é uma missão constitucional dos veículos de imprensa. É inadmissível que, sob o pretexto de combater “fake news”, a Justiça acabe, a bem da verdade, censurando e perseguindo indiscriminadamente apenas um lado do espectro político-ideológico, o lado conservador.
A tática é a mesma, fizeram a mesma coisa nas eleições presidenciais norte-americanas, onde Trump não tinha espaço nas grandes big techs, como twitter, instagram, facebook, etc. O que, inclusive, ensejou uma CPI no Senado americano por interferir naquelas eleições. Portanto, o que se vê hoje,no Brasil, não é uma exclusividade tupiniquim, parece, ao contrário, confirmar uma tendência internacional, de perseguição a movimentos de direita. Aliás, esta mesma denúncia foi feita pelo fundador do Partido da Causa Operária, uma sigla de esquerda, pra ninguém acusar de suspeição.
Há um legítimo sentimento generalizado, na América Latina, de que a democracia está sob ataque de líderes populistas, com queda nos índices de liberdade de imprensa, liberdade religiosa, independência do Judiciário, liberdade acadêmica e outros direitos de liberdade.
Como diria nosso sábio imperador Dom Pedro II, imprensa se combate com imprensa, em outras palavras, não cabe ao Estado definir quais as “verdades” que devem ser aceitas ou não, a própria imprensa deve velar pelo direito à informação de forma séria e profissional, sob pena de cair no ostracismo social e perder a própria credibilidade.
Ao se admitir a existência de uma espécie de ” Ministério da Verdade”, a ser exercida pelo TSE, estaríamos condenados a viver no atemorizante futuro distópico previsto por Orwell na obra 1984, onde o governo totalitário do ” Grande Irmão” detinha total controle sobre os cidadãos, inclusive selecionando as ” verdades” convenientes ao governo e estabelecendo um Estado de vigilância e controle onipresente e a polícia do pensamento.
Parece que o cenário não está muito distante da terra do carnaval, o Poder Judiciário já censurou a Revista Piauí, Oeste, Crusoé e agora, em pleno processo eleitoral, investe de forma agressiva e inconstitucional contra mais de 47 canais, incluindo jornalistas, plataformas como a Brasil Paralelo, jornais como a Gazeta do Povo e desmonetizando influenciadores digitais, tornando a disputa eleitoral assimétrica e desigual, onde um candidato, Lula, tudo pode; ao passo que o outo candidato está aturdido de censuras, proibições, multas descabidas e outras adversidades impostas pelo Parcial Alexandre de Moraes.
Por fim, constata-se que Lula é o candidato do STF, do TSE, do PCC, dos grandes bancos que lucram com a ausência de concorrência e do próprio crime organizado, que sofreu grandes perdas com o fomento da atividade policial e de inteligência investigativa, durante o governo Bolsonaro.
Na dúvida, vote no candidato que você pode criticar, sem sofrer censura.
Samuel A. Camboim é advogado.
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