Haddad vai se reunir com emissoras e diz que é ‘urgente’ evitar ‘assédio televisivo’ das bets

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que se reunirá nesta terça-feira, 1º, com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) para discutir a publicidade das empresas de apostas esportivas, as bets, e classificou como “urgente” a tomada de providências para evitar o “assédio televisivo” e de meios de comunicação sobre essa atividade.

Segundo Haddad, os sites que não estiverem na lista autorizada permanecerão no ar nos próximos dez dias apenas para simplificar o pedido de devolução de dinheiro pelos apostadores.

Haddad afirmou que prazo de dez dias até bloqueio de sites irregulares servirá para proteger a poupança dos apostadores Foto: Diogo Zacarias/MF

“Então, os dez dias é para a pessoa verificar se ele tem saldo e pedir a restituição. Caso contrário, já tiraríamos do ar imediatamente, mas não vamos fazê-lo para proteger a poupança do eventual apostador. As empresas que estão em credenciamento poderão permanecer em operação, atendendo a regulamentação, e caso não venham a ser credenciadas até o final do ano ou não paguem a outorga, também sairão do ar”, explicou o ministro.

Cartão do Bolsa Família

Haddad disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está inclinado a optar pela não permissão do uso do cartão do Bolsa Família para apostas esportivas, mas ponderou que o presidente irá ouvir seus ministros sobre o assunto.

A previsão é que uma reunião com o chefe do Executivo ocorra nesta quinta-feira, 3, para tratar desse e outros temas relacionados às bets. Estarão presentes os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Social, da Saúde e do Esporte. O plano também é abordar no encontro o tópico da dependência psicológica nas apostas.

Questionado sobre o pleito de limitação do uso do Pix nos sites de aposta, Haddad afirmou que “tudo está sendo discutido para limitar” as formas de pagamento e “proteger as famílias”. O ministro quer tratar do assunto pessoalmente com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

“Essa questão dos meios de pagamento nós vamos discutir com a própria Febraban, eu já falei com o presidente da Febraban (Isaac Sidney) por telefone, mas vou falar pessoalmente para a gente tomar uma decisão”, respondeu o ministro, que chegou nesta terça-feira a Brasília.

Questionado ainda sobre o pedido da Caixa para operar no mercado de bets, Haddad apenas respondeu que há previsão em lei. “A gente só está regulando o que está previsto em lei”, disse.

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