[Editado por: Marcelo Negreiros]
Um relatório publicado pelo jornal norte-americano New York Post nesta quinta-feira, 31, revela trechos do chamado dossiê Steele. Esses trechos integraram propositalmente um documento oficial de avaliação de inteligência que circulou em janeiro de 2017. O objetivo do material ‘vazado’ seria principalmente difamar a imagem de Donald Trump, que acabara de assumir a presidência dos Estados Unidos.
Os trechos ganharam publicidade contrariando uma orientação de altos funcionários da CIA, a agência de inteligência norte-americana. O trabalho de difamação, diz o jornal, teve o financiamento da campanha da candidata Hillary Clinton, que perdeu a eleição, associado ao Comitê Nacional Democrata.
Trump: alvo do alto escalão do governo Obama
Conforme o jornal, ainda em março de 2016, o então vice-diretor do FBI, Andrew McCabe, compartilhou memorandos com autoridades do Departamento de Justiça. Ele sugeria o início de uma investigação com base no conteúdo do dossiê que os adversários da campanha de Donald Trump montaram.
De acordo com um dos e-mails, havia uma estratégia deliberada para fazer com que as informações chegassem à imprensa dos EUA. “Durante a primeira fase da campanha, devido à falta de provas, decidiu-se disseminar as informações por meio de estruturas associadas ao FBI”, diz o relatório.
A apuração é parte do material conduzido por John Durham, procurador especial nomeado para investigar a origem da operação do FBI que ligava a campanha de Trump à Rússia. Segundo Durham, uma das conclusões da sua pesquisa é que os supostos e-mails seriam, na verdade, uma colagem de diversas mensagens.
Esses conteúdos, segundo o procurador, surgiram de ciberataques da inteligência russa a centros de pensamento com base nos Estados Unidos — entre eles a Open Society Foundations, a Carnegie Endowment e outras organizações, com conhecido alinhamento ideológico ao campo democrático.
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