[Editado por: Marcelo Negreiros]
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou R$ 173 milhões em multas por desmatamento em apenas um município do Amazonas. A ação do Ibama ocorreu em Apuí, município apontado como recordista em desmatamento nos últimos 12 meses.
De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, o município tem 19 mil hectares de área devastada, o que equivalente a 26 mil campos de futebol.
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Ao todo, de acordo com levantamento do jornal Folha de S.Paulo, o Ibama realizou 87 autos de infração contra 46 pessoas.
O Instituto aplicou multas em áreas de assentamento da reforma agrária e preservação ambiental. O Ibama também multou pessoas ligadas à invasão e grilagem de terras públicas.
Parte dos multados teriam descumprido embargo anterior ou impedido a regeneração da vegetação.
Instituto acionou o Ministério Público Federal
O Ibama embargou cerca de 28 mil hectares durante a operação realizada no mês de junho.
O Instituto notificou os proprietários das áreas embargadas e os mandou remover o gado criado nos locais.
O Ibama repassou as informações para o Ministério Público Federal (MPF), que pode entrar com uma ação contra os envolvidos. As punições podem chegar a até um ano de prisão, mais multa.
“As equipes de fiscalização constataram que grandes desmatadores vêm adquirindo diversos lotes de assentados com o objetivo de concentrar terras e formar grandes propriedades, em desvio claro da finalidade do programa de assentamento”, diz um trecho do documento enviado ao MPF.
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Em reação à operação do Ibama, prefeitos da região pediram ao governo Lula a prorrogação do prazo para pagamento das multas. O Ministério do Meio Ambiente já se mostrou contrário à ideia e prepara uma resposta formal à demanda.
Ano passado, Ibama arrecadou R$ 729 milhões em multas
Ano passado, o Instituto registrou recorde de arrecadação de multas ambientais. O pagamento feito pelos autuados somou R$ 729 milhões. Em 2023, o instituto arrecadou R$ 219,3 milhões. As informações constam em um levantamento da Folha publicado em janeiro de 2025.
[Oeste]
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