O inquérito investigou a atuação dos militares nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e apontou indícios de responsabilidade da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que integra a pasta do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O relatório mostra que, se houvesse um planejamento adequado, o governo Lula poderia ter impedido ou minimizado os atos de vandalismo no Palácio do Planalto. O inquérito também citou a responsabilidade do Departamento de Segurança Presidencial (DSeg) na falta de planejamento e acionamento adequado das tropas de choque do Exército. O documento menciona a necessidade de buscar informações junto à Abin e aos órgãos da Secretaria da Segurança Pública do DF, o que não foi feito. O inquérito destaca que, devido à falta de planejamento, os militares não puderam reagir aos manifestantes.
Não foram encontrados indícios de crime militar ou crime comum na atuação das tropas, mas há indícios de responsabilidade da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial/Dseg. Segundo a reportagem, o Exército se recusou a explicar por que o então responsável pela secretaria não foi ouvido pelo inquérito. O documento afirma ainda que a Polícia Militar do DF deveria ter impedido a chegada dos manifestantes até a praça dos Três Poderes. A atuação da Secretaria de Segurança Pública do GDF também foi questionada, pois não comunicou suas decisões ou relatórios de inteligência ao GSI e ao CMP. O inquérito foi conduzido pelo coronel Roberto Jullian da Silva Graça, chefe do Estado-Maior do CMP, e enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. O GSI afirmou desconhecer as conclusões do inquérito, pois não teve acesso a ele.
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