[Editado por: Marcelo Negreiros]
Condenada a 14 anos de prisão, por causa do 8 de janeiro, a professora aposentada Iraci Nagoshi, 72, tem passado por problemas na cadeia, denunciou sua defesa a Oeste, nesta sexta-feira, 1°.
A mulher, que cumpria a pena em casa, teve de voltar ao regime fechado, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude de violações da tornozeleira eletrônica — a defesa justificou que o aparelho tem falhas.
Conforme o advogado de Iraci, Jaysson França, atualmente a idosa se encontra em uma cela pequena com mais cinco mulheres, na Penitenciária de Santana (SP). O local carece de condições mínimas de higiene, afirmou França. Além disso, há momentos em que Iraci tem de dormir no chão. A defesa cobrou explicações da unidade prisional, mas ainda não obteve retorno. Paralelamente, o advogado acionou o STF.
“A situação é particularmente grave, considerando que a idosa se recuperava de uma cirurgia no fêmur e, mais recentemente, sofreu um deslocamento de cotovelo, o que reduziu drasticamente sua mobilidade e lhe causa dores intensas”, disse a defesa, em um documento obtido em primeira mão pela coluna. “Preocupa ainda mais o fato de que, até o momento, nenhum tratamento de saúde adequado foi fornecido. Um retorno médico urgente para avaliar a lesão no cotovelo estava agendado para o dia 24 de julho de 2025, mas nenhuma providência foi tomada para garantir este atendimento crucial. A inação de Moraes e da Secretaria de Administração Penitenciária diante dessa emergência é inaceitável e põe em risco a vida de Iraci.”
Iraci Nagoshi e Vildete Guardia


Além de Iraci, a dona de casa Vildete Guardia, 74, teve a prisão domiciliar revogada por Moraes, também com a justificativa de descumprimento de cautelar. Segundo a defesa, que atua nos processos de Iraci e Vildete, ambas têm comorbidades.
Vildete luta contra uma trombose. Recentemente, foi acometida por problemas neurológicos. Antes de obter prisão domiciliar, a dona de casa precisou de uma cadeira de rodas para se locomover no cárcere.
Já Iraci padece de depressão, distúrbio renal e diabetes.
Leia também: “O tirano do Brasil”, reportagem publicada na Edição 280 da Revista Oeste
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