O irmão de Marcola, principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha, teve recentemente todas as penas de condenação consideradas cumpridas. O braço direito de Marcola, no entanto, seguirá preso em Brasília.
Entenda
- Marcolinha está preso em Brasília, ao lado do chefão do PCC, Marcola.
- Considerado um dos conselheiros de Marcola, Marcolinha é dado como membro influente dentro da facção — fator que demanda a permanência dele no presídio federal.
- Ele chegou a concluir o ensino médio na prisão, fez o Enem, mas não conseguiu ser aprovado em nenhuma instituição.
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Preso na Penitenciária Federal de Brasília, ao lado do irmão, Marcolinha ainda é apontado como uma das lideranças do PCC. Apesar de já ter cumprido toda a pena que lhe foi imposta, o criminoso segue detido devido ao grau de periculosidade e à existência de um mandado de prisão preventiva em aberto contra ele, pedido por uma delegacia de São Paulo e expedido pela Justiça paulista.
Conhecido dentro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por atuar como interlocutor com o Comando Vermelho (CV), começou a cumprir pena em novembro de 1990, após ser condenado a 33 anos e 11 meses de prisão.
O cumprimento foi interrompido por duas fugas — entre dezembro de 1993 e julho de 1998, e entre janeiro de 2001 e março de 2006. Apesar dessas interrupções, a Justiça considerou a pena integralmente cumprida em 16 de dezembro de 2024. Ele está no sistema penitenciário federal desde fevereiro de 2019.
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Arte/Metrópoles
Marcola saindo do Hospital de Base
Arquivo cedido ao Metrópoles
Marcola, chefe do PCC
Arte/Metrópoles
Marcola
Arte/Metrópoles
A vida na cadeia
Documentos obtidos pela reportagem mostram que, nesse período, ele concluiu cursos de inglês e espanhol básico, matemática financeira, vigilância sanitária, direito penal (crimes contra a pessoa, patrimônio, paz pública, fé pública e administração pública), direito processual, informática (Windows 7 e Office 2010), formação para vendedor e educação ambiental.
Leu mais de 20 livros e chegou a fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2022, embora não tenha obtido nota suficiente para ingressar em universidades federais. A remição da pena por estudo e leitura é prevista no Código Penal Brasileiro — o quantitativo de penas abatidas é incerto.
Apesar de considerado um preso de alta periculosidade, relatórios da Penitenciária Federal de Brasília apontam que ele mantém bom comportamento, sem registros de incidentes no período de encarceramento.
[Metrópoles]
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