No editorial intitulado “Juiz sem juízo”, desta segunda-feira, 4, o veículo analisou as falas do juiz e afirmou que “a verborragia de Gilmar Mendes não seria um problema se ele não fosse o magistrado da mais alta Corte do país, e sim um analista político”.
+ Dino estreia em julgamento do 8 de janeiro votando para condenar manifestantes
Para o ministro, Bolsonaro é um “culpado confesso” e o “autor material” de uma tentativa de “golpe de Estado” — como se refere a Corte aos atos de vandalismo do 8 de janeiro.
Mendes disse ainda que o “movimento” de Bolsonaro “para mostrar que tem apoio popular” não muda “qualquer juízo ou entendimento do STF”.
“É disfuncional um ministro do STF antecipar juízo fora dos autos e comentar em público sobre um tema em análise, presente ou futura, da Corte”, avaliou o Estadão.
Lei Orgânica da Magistratura
O jornal afirma que as falas de Mendes são “uma contradição com o que diz a Constituição, a Lei Orgânica da Magistratura e a sensatez”.
Segundo o veículo, a intervenção política por parte do STF troca aquilo que a literatura jurídica internacional chama de judicial propriety por vulgarização do papel público.
+ Os Ungidos — Thomas Sowell já se opunha ao STF brasileiro em 1995
Por fim, o jornal lembra que é preciso retomar a “discrição judicial e a compostura” do Supremo, que está “demasiadamente politizado”.
+ Gilmar Mendes deveria sofrer impeachment, e não julgar Bolsonaro
Por: Oeste
Descubra mais sobre
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.