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Leão XIV em Pentecostes: invocar o Espírito do amor e da paz para abrir as fronteiras do coração

A missa de Pentecostes foi celebrada no âmbito do Jubileu dos Movimentos]   (@Vatican Media)

As fronteiras a serem abertas pelo Sopro divino, disse o Pontífice em homilia na Praça São Pedro na Solenidade de Pentecostes, estão “dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos”. Os milhares de peregrinos do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades ouviram o pedido do Papa para invocar “o Espírito do amor e da paz” para encontrar com Deus e “abrir as fronteiras, derrubar os muros, dissolver o ódio”: “é Pentecostes que renova a Igreja, renova o mundo!”.

Abrir as fronteiras dentro de nós

Na homilia e através das palavras de Santo Agostinho, o Papa recordou que este é o dia em que, “depois de sua Ressurreição e depois da glória de sua Ascensão, Jesus Cristo Nosso Senhor enviou o Espírito Santo» (Santo Agostinho, Sermão 271, 1)”. Um dom que “realiza algo extraordinário na vida dos Apóstolos”, ajudando a interpretar a morte de Jesus e dando força e coragem para “sair ao encontro de todos para anunciar as obras de Deus”. Na festa de Pentecostes, lembra Leão nas palavras de Bento XVI em 2005, as portas do cenáculo se abrem porque o Espírito abre as fronteiras. E de onde o Pontífice parte a sua meditação do dia:

“O Espírito abre as fronteiras principalmente dentro de nós. É o Dom que desvela a nossa vida para o amor. E essa presença do Senhor desfaz a nossa dureza, o nosso fechamento, o egoísmo, os medos que nos bloqueiam e o narcisismo que faz-nos rodar apenas em torno de nós mesmos. O Espírito Santo vem para desafiar, em nós, o risco de uma vida que se atrofia, sugada pelo individualismo. É triste observar como num mundo onde se multiplicam as oportunidades de socialização, corremos o risco de ser paradoxalmente mais solitários, sempre conectados, mas incapazes de ‘fazer redes’, sempre imersos na multidão, mas permanecendo viajantes perdidos e solitários.”

O Espírito de Deus, em vez disso, “abre ao encontro com nós mesmos, para além das máscaras que usamos; conduz ao encontro com o Senhor”, afirmou o Papa. Abraçando com amor a Palavra, somos “transformados” por ela, tornando a nossa vida “um espaço de acolhimento”.

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Na homilia, Leão XIV refletiu sobre o Sopro Divino que abre as fronteiras do coração

Na homilia, Leão XIV refletiu sobre o Sopro Divino que abre as fronteiras do coração   (@Vatican Media)

Abrir as fronteiras das relações

“O Espírito, além disso, abre as fronteiras também nas nossas relações”. E com aquele mesmo “amor de Deus que habita em nós, tornamo-nos capazes de nos abrir aos irmãos, de vencer a nossa rigidez, de superar o medo em relação ao que é diferente”, disse o Pontífice. O Espírito transforma aqueles “perigos mais ocultos que envenenam as nossas relações, como os mal-entendidos, os preconceitos, as instrumentalizaçõe”: 

“Penso também – com muita dor – em quando uma relação é infestada pela vontade de dominar o outro, uma atitude que frequentemente desemboca na violência, como infelizmente demonstram os numerosos e recentes casos de feminicídio.”

O Espírito Santo, ao contrário, “faz amadurecer em nós os frutos que nos ajudam a viver relações verdadeiras e boas”, alargando as fronteiras das relações com o outros. Um critério, alertou Leão XIV, “decisivo também para a Igreja: só somos verdadeiramente a Igreja do Ressuscitado e discípulos de Pentecostes se entre nós não houver fronteiras nem divisões, se na Igreja soubermos dialogar e nos acolher mutuamente, integrando as nossas diversidades, e se, como Igreja, nos tornarmos um espaço acolhedor e hospitaleiro para todos”.

Abrir as fronteiras entre os povos

Por fim, “o Espírito abre as fronteiras também entre os povos”Em Pentecostes, disse o Pontífice, recordamos a importância de nos colocarmos “em caminho”, “na fraternidade”, já que “o Sopro divino une os nossos corações e nos faz ver no outro o rosto de um irmão”: em vez de divisão e conflito, preconceito e lógica de exclusão, discórdia e indiferença, como observou Francisco em 2023, o Espírito “rompe fronteiras e derruba os muros da indiferença e do ódio”, como as próprias guerras, por “um tesouro comum”:

“Invoquemos o Espírito do amor e da paz, a fim de que abra as fronteiras, derrube os muros, dissolva o ódio e nos ajude a viver como filhos do único Pai que está nos céus. Irmãos e irmãs: é Pentecostes que renova a Igreja, renova o mundo! Que o vento vigoroso do Espírito desça sobre nós e em nós abra as fronteiras do coração, dê a graça do encontro com Deus, amplie os horizontes do amor e sustente os nossos esforços pela construção de um mundo onde reine a paz.”

O Espírito que "abre fronteiras" dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos.

O Espírito que “abre fronteiras” dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos.   (@Vatican Media)


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