
Foto: Paraibaonline
O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Cabo Gilberto (PL) causou polêmica durante a sessão desta terça-feira (10) ao defender um “contragolpe” no Supremo Tribunal Federal, que segundo ele vem “golpeando!” a Constituição Federal por ingerir nas atribuições do Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), previstas no artigo 84º.
Cabo Gilberto disse não temer nenhuma retaliação quanto ao seu posicionamento, uma vez que, segundo ele, o país já vive um golpe feito pelos ministro do STF e contra ele não há como recorrer.
“Existe a ditadura da toga, então eu defendo sim um contragolpe nos moldes do artigo 142 ( que trata das Forças Armadas) dentro da Constituição Federal para o restabelecimento da Lei e da ordem. Já houve uma ruptura”, disse
Conforme o parlamentar, o judiciário brasileiro está uma anarquia e vem causando uma insegurança tremenda quando o STF não é eleito democraticamente.
Contudo, Cabo Gilberto disse respeitar a prerrogativa do presidente em conformidade com a Constituição Federal poder indicar todos que compõem a Corte Suprema.
“Agora o que não podemos aceitar é que o STF rasgue a Constituição e a metade da população brasileira seja calada e passiva em relação a isso. A Carta Magna foi rasgada, já estamos em um golpe da Suprema Corte, que não respeita a legislação. São fatos irrefutáveis”, disse.
Indagado se ele defendia a intervenção militar como houve em 64, período em que a população vivenciou a tortura, o cerceamento à liberdade de expressão, a qual ele diz defender, o deputado disse que não viu aquele período como uma ditadura militar, mas sim um contragolpe, que teve momentos difíceis que requeriam medidas excepcionais.
“Se não fosse aquele período, hoje estaríamos vivendo a ditadura do socialismo, do proletariado. A União Soviética queria comandar o Brasil como comandou Cuba e a Coreia do Norte, então o que houve em 64 foi um contragolpe para restabelecimento da democracia porque se não fossem os militares daquela época, hoje estaríamos vivendo com a Venezuela, Cuba e Coreia do Norte com as ditaduras clássicas”, disse.
Indagado se ele temia ser representado no Conselho de ética do Poder Legislativo, Cabo Gilberto disse não temer nada, só os castigos de Deus.
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