O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou nesta quinta-feira (4/9) que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), lhe disse que pautará o projeto de lei da anistia.
O aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, porém, que o deputado não estabeleceu um cronograma de votação para o texto.
“[Motta] não me deu um cronograma de datas, que é o que eu queria. Pediu para eu conversar com os demais líderes na próxima semana. Depois, no momento certo, ele nos comunicará as decisões. Falou que vai pautar a anistia, mas na semana que vem”, declarou Sóstenes.
Motta e o líder do PL se reuniram por cerca de duas horas na residência oficial da presidência da Câmara, nesta quinta.
Relatoria
Sóstenes disse, ainda, que discutiu com o presidente da Casa possíveis nomes para relatar o texto. Segundo o bolsonarista, Motta lhe assegurou que escolheria alguém do partido do Centrão, mas não especificou os nomes.
“Sóstenes, tem que ser um partido mais ao centro. Não vai ser nenhum parlamentar do PL”, declarou Sóstenes, referindo-se ao que foi dito a ele por Motta.
O desembarque do União Brasil e do PP do governo reforça essa possibilidade.
Apesar de ter prometido à oposição ainda em sua eleição, em fevereiro, que pautaria a anistia, Motta tem evitado prosseguir com o assunto, mantendo cautela diante da resistência do governo, que se posiciona contra a proposta.
Com o desembarque do União Brasil e do PP, ministros como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) podem deixar o governo, mas os postos do segundo escalão indicados pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) e por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado, devem permanecer sem alterações. Isso permite que esses partidos apoiem a anistia sem comprometer a base governista.
[Metrópoles]
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