O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), comentou as traições de partidos da base na votação da derrubada do reajuste nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, a demissão de ministros não está precificada, mas que quem quiser agir como oposição deve deixar o governo Lula (PT).
“Eu, sinceramente, se fosse ministros desses partidos [que traíram o governo na votação do IOF] e tive ligação com o presidente Lula, eu tentaria me explicar do que aconteceu. Se eu fosse ministro desses partidos, eu tentaria me explicar. Eu acho sinceramente, dando minha opinião como líder do PT, não tô no governo… quem quiser jogar o papel de oposição tem que sair, a gente tem que depurar um pouco isso”, disse Lindbergh em entrevista ao Boletim Metrópoles.
Lindbergh ainda afirmou que a votação em prol da derrubada do IOF pareceu “uma torcida para atrapalhar” o governo Lula e que soa como uma antecipação da disputa das Eleições Gerais de 2026.
Derrubada
O texto aprovado pelos deputados susta os decretos editados pelo governo federal nessa quarta-feira (26/6). Na Câmara, grande parte dos votos, quase 60%, partiu de nomes que pertencem a partidos da base do governo no Congresso Nacional. No Senado, apenas a bancada do PT e o líder do PDT registraram votos contrários.
Na lista de votos favoráveis entre os deputados, constam o nome de dois ex-ministros do governo Lula. São eles: Juscelino Filho (União-MA) e Daniela do Waguinho (União-RJ).
O texto derruba os decretos recentemente editados pelo governo federal que tratam das alíquotas do IOF. O Executivo já havia recuado de parte das medidas e revisado as alíquotas, mas o Congresso seguiu insatisfeito e passou a defender a derrubada total das mudanças. O texto segue para o Senado Federal.
O texto que susta decretos editados pelo governo federal foi aprovado, nesta quarta-feira (25/6), no plenário da Casa, por 383 votos a 98. Em seguida, a medida foi referendada pelos senadores.
Foi a primeira vez em 33 anos que um decreto do governo era derrubado pelo Congresso. A última vez tinha sido em 1992, quando Fernando Collor era presidente.
[Metrópoles]
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