[Editada por: Marcelo Negreiros]
O Livres, movimento que defende o liberalismo, acusa o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), de “afrontar” a Constituição e a liberdade econômica no “cabo de guerra” com a empresa 99, que passou a oferecer transporte por mototáxi. A decisão da companhia contrariou decreto do emedebista que proíbe o serviço na capital paulista. Nunes, inclusive, mandou a Guarda Civil Metropolitana apreender motocicletas que transportarem passageiros de forma clandestina.
“A postura de Ricardo Nunes afronta a Constituição, que garante liberdade econômica. Regular não é proibir, é respeitar trabalhadores e usuários”, disse à Coluna do Estadão o diretor e cofundador do Livres, Mano Ferreira. A Prefeitura afirma que a liberação do serviço aumentaria o número de acidentes nas ruas da cidade. Procurado por meio de sua assessoria, Nunes reiterou esse argumento.
“A perseguição ilegal da prefeitura de São Paulo contra a atividade de motociclistas, passageiros e empresas como 99 e Uber, no contexto do serviço de mototáxi, reflete uma completa inversão de valores sobre o papel do poder público numa sociedade livre e democrática”, emenda Ferreira. Segundo ele, o prefeito está coibindo a concorrência e combatendo o empreendedorismo.
Na quarta-feira, 22, a vereadora Amanda Paschoal (PSOL-SP) entrou com uma representação no Ministério Público do Trabalho para tentar proibir a Prefeitura de São Paulo de apreender motos de motoristas de aplicativo. O decreto de Nunes que barrou o serviço do mototáxi na capital foi editado em janeiro de 2023, em seu primeiro mandato no cargo de prefeito.

Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão
[Por: Estadão Conteúdo]
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