Banco público registra lucro de R$ 9 bilhões no quarto trimestre de 2022
O Banco do Brasil reportou lucro líquido de 9,03 bilhões de reais no quarto trimestre de 2022, cifra 52% superior à marca do igual período de 2021 e acima das projeções do consenso Refinitiv, que apontavam para um lucro de pouco mais de 8,08 bilhões. A margem financeira líquida, que é a diferença entre as receitas com operações de créditos e as despesas financeiros (juros pagos a clientes), foi de 14,9 bilhões de reais, crescimento anual de 35%. A carteira de crédito ampliada do banco atingiu 1 trilhão de reais no período, aumento de 14,8% e impulsionada pela carteira de agronegócios, que cresceu 25%. A inadimplência para empréstimos de mais de 90 dias teve ligeiro aumento de 2,34% para 2,51%, patamar considerado baixo pelo mercado.
O BB também anunciou pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) na ordem de 2,3 bilhões de reais aos acionistas. Por fim, o banco público divulgou suas projeções para o ano de 2023 e projeta um lucro líquido anual na faixa entre 31 e 35 bilhões de reais.
A fraude contábil da varejista Americanas não fez nem cócegas nos números. O Banco do Brasil provisionou 788 milhões de reais referentes ao caso, cerca de metade da dívida da companhia com o banco. As cifras são menores em relação a seus pares privados, como Itaú, Bradesco e Santander. No caso destes, o lucro líquido no trimestre ficou abaixo do esperado em razão das provisões. Já o BB foi o único a apresentar um lucro acima do esperado mesmo com as provisões referentes à Americanas. “Vemos os resultados como positivos, pois, apesar do considerável provisionamento, seu lucro líquido atingiu 9 bilhões de reais. Mais uma vez, o perfil defensivo de sua carteira continua prevalecendo e leva a um índice de inadimplência bem abaixo de seus pares. As projeções para 2023 são robustas”, avaliam os analistas da XP Investimentos.
Por volta das 15h, as ações do Banco do Brasil subiam 4%, a maior alta do dia, enquanto o Ibovespa recuava 1%.
Por: Veja