Lula alerta Trump sobre ação militar na Venezuela e pede diplomacia

Lula expressa preocupação a Trump sobre Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou grande preocupação com uma possível ação militar dos Estados Unidos na Venezuela. Em um telefonema realizado diretamente da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, Lula pediu a Donald Trump que buscasse uma **saída diplomática e política** para o contencioso entre Washington e Caracas o mais rápido possível.

Efeitos colaterais da intervenção militar

Durante a conversa, Lula enfatizou a Trump que uma ofensiva militar dos EUA na Venezuela poderia gerar **efeitos colaterais significativos**, não apenas no território venezuelano, com potencial instabilidade geopolítica, crise de refugiados e até mesmo guerra civil, mas também impactando diretamente o Brasil, a Colômbia e outros países vizinhos. A intervenção, segundo o presidente brasileiro, seria como jogar mais lenha na fogueira.

Trump evasivo sobre solução para Venezuela

Apesar dos apelos de Lula por uma **solução pacífica**, Donald Trump mostrou-se evasivo quanto ao assunto. O presidente americano não confirmou nem negou um bombardeio iminente na Venezuela, nem indicou se as tentativas de acordo foram interrompidas. O governo brasileiro, assim como a cúpula do PT, acredita que os Estados Unidos não teriam apoio da União Europeia, Rússia ou China para uma ação militar na Venezuela. Auxiliares de Lula observam que o **interesse americano no petróleo venezuelano** pode estar por trás da disputa.

Crise na Venezuela e ultimato de Trump

Nos últimos dias, Trump recusou todos os pedidos feitos pelo ditador Nicolás Maduro, que condicionou sua saída do país à anistia para ele e sua família, ao fim do processo no Tribunal Penal Internacional e ao término das sanções americanas. Trump havia dado a Maduro um prazo de uma semana para deixar a Venezuela, ultimato que terminou em 28 de maio. Desde então, as **pressões de Washington sobre Caracas aumentaram**, incluindo o fechamento do espaço aéreo venezuelano e ataques contra embarcações acusadas de tráfico de drogas.

Cooperação contra o crime organizado

Além da questão venezuelana, Lula apresentou a Trump as ações do Brasil no **combate ao crime organizado**, com operações da Polícia Federal focadas em asfixiar financeiramente as facções. A conversa de 40 minutos também abordou as ramificações internacionais do narcotráfico, e Trump demonstrou **grande interesse em trabalhar com o Brasil** para neutralizar essas organizações criminosas.

Negociações comerciais e tarifas

Durante a ligação, que ocorreu enquanto Lula visitava a refinaria Abreu e Lima, o presidente brasileiro elogiou a retirada da sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros, como café, carnes e frutas, pelos EUA. No entanto, Lula também solicitou a Trump a **aceleração das negociações para reduzir as tarifas de 22%** sobre outros itens exportados pelo Brasil. Trump mostrou-se simpático à solicitação, indicando que sua equipe analisaria o tema, o que foi interpretado pelo Palácio do Planalto como um sinal positivo.


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