[Editado por: Marcelo Negreiros]
Diante da decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o governo federal anunciou, nesta quinta-feira, 10, a criação de um comitê emergencial com a presença de empresários. Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o grupo vai reavaliar as relações comerciais com os norte-americanos.
Lula explicou que os empresários terão participação direta nesse grupo. O acompanhamento das medidas será feito diariamente, com foco na revisão da política comercial entre os dois países.
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Durante entrevista à emissora Record, o petista criticou o presidente dos EUA, Donald Trump, e afirmou que o homólogo norte-americano demonstra desconhecimento sobre o Brasil. Lula classificou o comportamento de Trump como mais adequado a um “pretendente” do que a um “presidente”.
“Não é costume ficar mandando recado por rede social para um chefe de Estado”, disse Lula à Record.
O presidente do Brasil afirmou a intenção de buscar todas as alternativas de negociação possíveis. O petista declarou que pretende acionar a Organização Mundial do Comércio para contestar a tarifa.
Lula disse que, se não houver acordo, o Brasil poderá adotar a Lei da Reciprocidade Econômica. “Se ele [Trump] cobrar 50% [de sobretaxa] da gente, a gente vai cobrar 50% dele.”
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Trump comunicou tarifa em carta oficial enviada a Lula
Além da publicação em rede social, Donald Trump comunicou a imposição da sobretaxa de 50% sobre produtos importados do Brasil por meio de carta oficial, encaminhada pela Casa Branca ao governo brasileiro.


O documento destaca a atuação do Supremo Tribunal Federal como fator determinante para o estabelecimento da alíquota. “Como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro”
Segundo a carta, a tarifa de 50% será aplicada de forma ampla, independentemente de eventuais isenções existentes por setor. “Cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA, separada de todas as tarifas setoriais existentes.”
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