De janeiro de 2023, mês em que o petista Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o seu terceiro mandato como chefe do Palácio do Planalto, até dezembro de 2024, o Poder Executivo havia repassado, por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), mais de R$ 10,2 milhões aos veículos on-line pertencentes ao conglomerado de mídia da família Marinho.
O valor supera — e em muito — a quantia distribuída aos sites do Grupo Globo na soma dos quatro anos em que Jair Bolsonaro foi presidente. Nesse período, o governo gastou quase R$ 2,9 milhões em ações publicitárias com esses mesmos veículos.
A quantia superior a R$ 10 milhões caiu nos cofres do Grupo Globo enquanto o petista Paulo Pimenta esteve no comando da Secom. Ele foi demitido da função nesta semana. Para o lugar, Lula já escolheu o marqueteiro Sidônio Palmeira.
Verba além dos sites do Grupo Globo
Os sites do Grupo Globo não foram os únicos agraciados com o aumento de verba por parte da Secom. O governo Lula retomou, por exemplo, a prática de publicar anúncios nos jornais impressos do conglomerado. Depois de não receber nenhum único centavo nos três últimos anos da administração Bolsonaro, tais publicações já faturaram R$ 290 mil com ações de propaganda oriundas de ações do Executivo federal no biênio 2023-2024.
Para a divisão de TV aberta, a história é similar. Desde que Lula reassumiu o poder, a Globo e suas afiliadas já receberam R$ 252 milhões por campanhas publicitárias definidas pela Secom. O valor é R$ 10 milhões a mais do que Bolsonaro gastou com esse tipo de veículo durante seus quatro anos de governo.

Reportagem publicada na Edição 250 da Revista Oeste mostra que os gastos com com o Grupo Globo conflitam com dados de audiência. Enquanto na televisão aberta o conglomerado bate recorde negativo no Ibope, o jornal O Globo encolhe em termos de circulação. Os detalhes nesse sentido estão na íntegra da matéria “Globo e PT: tudo a ver”, que está disponível aos mais de 100 mil assinantes de Oeste.
[Revista Oeste]
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