MDB lidera crescimento de vereadores nas capitais durante janela

[Editado por: Marcelo Negreiros]

Durante a janela partidária, período de um mês estabelecido pela legislação eleitoral para que vereadores mudem de legenda sem o risco de perda de mandato, o MDB se destacou como a sigla que mais cresceu em números absolutos nos legislativos das capitais. A legenda passou de 54 para 87 vereadores, marcando presença em 21 metrópoles estaduais.

Em seguida, o PSD também registrou crescimento significativo nas Câmaras Municipais das 26 capitais estaduais. O partido que tem Gilberto Kassab como presidente nacional atingiu 75 vereadores nas cidades desse porte.

O PL, partido que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro como presidente de honra, também avançou. O mesmo, a saber, ocorreu com o PT, que voltou a ganhar força com a volta de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder.

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Os dados revelam uma tendência de migração dos vereadores para partidos mais estruturados, especialmente aqueles com maior acesso a recursos do fundo eleitoral e com sólida presença nos municípios. Além disso, a lógica local influenciou as decisões de mudança, com vereadores buscando abrigo em legendas alinhadas ao prefeito ou em siglas de oposição com candidaturas competitivas.

MDB aumenta bancada na capital paulista

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O prefeito paulistano Ricardo Nunes; partido dele, o MDB aumentou a bancada de vereadores na Câmara Municipal de São Paulo | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O MDB, por exemplo, ampliou sua representação na cidade de São Paulo, impulsionado pela candidatura à reeleição do prefeito Ricardo Nunes. O partido viu sua bancada crescer de 6 para 11 vereadores na capital paulista.

O crescimento da bancada emedebista em São Paulo se deu, em parte, devido à migração de vereadores do PSDB, partido que agora negocia apoiar a candidatura da deputada federal Tabata Amaral (PSB) para a prefeitura — os tucanos, inclusive, passaram a ser a nova sigla do apresentador José Luiz Datena, cotado para ser vice da socialista.

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O PSD, por sua vez, consolidou sua base no Rio de Janeiro, com 13 vereadores, incluindo o ex-prefeito Cesar Maia. Além disso, a sigla avançou em cidades como Florianópolis, Curitiba e Fortaleza.

Já o PL, além de expandir sua presença nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste, filiou vereadores de partidos de esquerda, como PSB e PDT, totalizando 62 vereadores nas capitais estaduais.

O PT, por sua vez, saiu de 49 para 60 vereadores nas capitais. Os petistas atraíram representantes de diversas legendas, incluindo Psol, PDT, PCdoB, PSD, MDB e PSDB.

PSDB encolhe

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Sede de PSDB em Brasília; partido ficou sem vereadores em São Paulo e encolheu em outras capitais | Foto: Afonso Marangoni/Revista Oeste

Enquanto isso, o PSDB seguiu um caminho oposto à maioria dos partidos tradicionais, perdendo cerca de 30% de suas cadeiras nas capitais. Embora tenha ficado sem representantes em São Paulo, a legenda fortaleceu sua presença em Campo Grande, onde deverá ter candidatura própria à prefeitura.

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Partidos como Podemos, Cidadania, Solidariedade e PDT enfrentaram perdas significativas. O mesmo ocorreu com legendas menores, que não atingiram a cláusula de barreira.

Destaca-se, no entanto, o crescimento do Democracia Cristã. O partido liderado por José Maria Eymael saltou de oito para 18 vereadores em capitais, representando o maior avanço proporcional do país.

Enquanto legendas ligadas ao centrão, como PP e União Brasil, mantiveram suas bancadas. Ou seja, não registraram ganhos expressivos nas capitais.

Leia também: “O fim do PSDB“, artigo de Rodrigo Constantino publicado na Edição 210 da Revista Oeste

[Redação]

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