Apoiadores petistas foram à Avenida Paulista neste domingo, 30, para comemorar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. O petista derrotou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições 2022.
Portando bandeiras com o rosto de Lula, faixas LGBTQIA+ e cartazes com o símbolo do PT, os apoiadores tomaram parte da avenida, principalmente na região onde está localizado o Museu de Arte de São Paulo (MASP). A manifestação de apoio a Lula contou com uma massiva presença de jovens gritando “ole ola ole, Lula, Lula”.
Depois de escândalos Lula é eleito presidente
Lula chega à Presidência com a votação mais apertada desde o fim do período do governo militar. A diferença para Bolsonaro foi voto a voto, e o petista obteve menos de 1% de diferença nas urnas neste domingo. Com o placar sacramentado, Lula é eleito para seu terceiro mandato como Presidente da República. Lula já foi presidente entre 2003 a 2010.
A chegada de Lula à Presidência se dá depois de uma longo período que intercalaram denúncias de corrupção e até mesmo um tempo atrás das grades. Por determinação do agora eleito senador Sérgio Moro (União-PR), o petista ficou quase dois anos preso, em virtude de envolvimento em escândalos de corrupção. Lula saiu da prisão por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Diferentemente do que afirma, Lula não conseguiu a absolvição da Justiça.
O ex-presidente ficou preso por quase dois anos, em Curitiba, por ações envolvendo a Lava Jato. Entre 2017 e 2019, o petista foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, em três instâncias, julgado por nove juízes, mas em 2021 teve as sentenças anuladas por Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de entendimento de erro processual por incompetência de foro. Em janeiro deste ano, a 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal arquivou ação contra Lula, em razão da extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva estatal.
Em junho de 2021, o STF considerou Sergio Moro parcial no caso do triplex e anulou também aquela condenação. O entendimento sobre a parcialidade se estendeu a outros processos, e todas as ações voltaram à estaca zero. Os procedimentos não significam que o petista tenha sido absolvido, visto que as decisões foram por anulação e arquivamento das sentenças.
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